Com certeza, os mais antigos vão se lembrar de histórias infantis que começavam exatamente assim: “Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho…” ou ainda: “Era uma vez uma princesa chamada Branca de Neve…” ou qualquer coisa parecida, mas tinha o conhecido “Era uma vez…” Não é falta de assunto abrir um texto para comentar sobre política, começando com lembranças de histórias infantis do milênio passado!
Hoje em dia, as crianças não sabem, não ouviram, ninguém lhes contou estas coisas, simplesmente porque ficaram esquecidas no baú da mente dos mais antigos. Mas hoje, exatamente hoje, é bom recordar o Era uma Vez! Não vou comentar aqui sobre Branca de Neve e os Sete Anões e nem Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau! Mas dá para falar deste último personagem.
Arthur Lira tem, literalmente, enfiado os pés pelas mãos, simplesmente porque quer fazer seu sucessor e não tem encontrado apoio necessário e fica buscando votar projetos polêmicos. O primeiro deles rodou o país em maio último quando, na calada da noite, conseguiu aprovar na Câmara o projeto sobre a privatização das praias. Passou pela Câmara e chegou ao Senado, e Flávio Bolsonaro assumiu o papel de relator do projeto. Mas (e existe sempre um mas…) Luana Piovani (obrigado Luana, o país inteiro agradece!) decidiu abrir a boca para comentar o risco do projeto e bater boca com o jogador que não entra em campo, Neymar, e que tem um projeto de construções na praia do Nordeste. O bate-boca foi tão forte que o filho 01 do Jair se cansou de dar entrevistas sobre o projeto de lei e o sério Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, disse que não é hora de se votar tal proposta.
Ainda sobre o Arthur, cresceu e provocou muita confusão e críticas no País inteiro, o projeto sobre o aborto. Arthur – o Lira – começou a articular a votação do dito cujo, apareceu o relator, o meio jurídico criticou, o Brasil inteiro fez a mesma coisa e o tal projeto acabou ficando deixado de lado.
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E para salvar o Chapeuzinho Vermelho e a Branca de Neve, entram em ação os caçadores e os sete anões. O primeiro é o recesso parlamentar que começa na metade deste mês e vai até início de agosto e o segundo é a campanha eleitoral que vai eleger prefeitos em outubro próximo e vai mobilizar todos os parlamentares, muitos buscando se eleger mais perto de casa e outros tentando apoiar parentes, amigos ou qualquer coisa parecida com isso. Assim, os projetos saem de circulação, principalmente porque os políticos vão estar ocupados com outras coisas…(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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