Fios elétricos: Prefeitura diz que há projeto para centro. CPFL nega

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No final de semana passado, uma árvore gigantesca da rua Honoroto Spiandorin, Colônia, foi incendiada. A árvore – que fica num terreno que pertencia à antiga Ideal Standard – começou a queimar no início da manhã de sábado(18). Durante a tarde, três troncos caíram atingindo fios elétricos, três casas e interditando a rua completamente. Dezenas de residências de pelo menos três quarteirões ficaram sem energia elétrica até o final da tarde do dia seguinte. A falta de eletricidade não teria ocorrido se a fiação fosse subterrânea. A Prefeitura de Jundiaí diz está tratando do aterramento dos cabos da região central e que há projeto também para a região. A CPFL Piratininga nega que haja solicitação da Prefeitura para aterramento em qualquer parte da cidade.

Seria de se imaginar que os fios subterrâneos fossem a saída lógica para reduzir quedas de energias. Postes, árvores e tempestades não combinam em nada. No temporal do último dia 3, a Defesa Civil registrou a queda de 22 árvores em toda cidade. Muitas atingiram fios elétricos. O Hospital Universitário, por exemplo, ficou sem energia até as 22h30, funcionando com geradores. O atendimento não foi prejudicado. Carros também causam quedas de fornecimento de energia. Em maio último, a CPFL divulgou que no primeiro trimestre do ano ocorreram 104 batidas em postes só em Jundiaí. O número é elevado segundo a empresa. Além disto, existem os consumidores que se sentem prejudicados pela falta de energia. Eles podem fazer reclamações nos órgãos especializados e exigir ressarcimento.

A Prefeitura vem pegando no pé de representantes de empresas de internet, TV, energia elétrica e telefonia por causa dos emaranhados de fios que tomam conta dos postes da cidade. Em outubro aconteceu uma reunião para alinhar um plano para reduzir a bagunça. Jundiaí conta com lei que regula a instalação área de cabos e fios para prestação de serviço. Se a instalação não estiver dentro das normas, a empresa pode ser multada em 10 UFM(Unidades Fiscais do Município) e dobrada a cada em caso de reincidência. Neste ano, a UFM vale R$ 212,74.

Tratativas e projetos – O fornecimento de energia elétrica não é responsabilidade do município. A Unidade de Planejamento Urbano e Meio Ambiente(UGPUMA) da Prefeitura foi questionada sobre a quantidade cabos aéreos e subterrâneos na cidade. A CPFL, alega a unidade, não compartilha estas informações.

“Estamos tratando do aterramento dos fios de energia elétrica na região central junto à CPFL. Há previsão também do desenvolvimento de iluminação aterrada na região e que está em fase de estudos”, adiantou a UGPUMA.

Sem solicitação formalizada – A CPFL também foi questionada sobre a quantidade de cabos aéreos e subterrâneos e não forneceu os números. Assim como não informou quantos consumidores ficaram sem energia por cerca de 36 horas no último final de semana no bairro da Colônia. Sobre projetos de aterramento de fios elétricos, a empresa foi enfática: “Não há solicitação formalizada pela Prefeitura de Jundiaí para o enterramento de qualquer parte da rede pública de distribuição de energia na cidade”. 

O aterramento depende de parcerias com as prefeituras. “A instalação das redes subterrâneas em locais com vias públicas deve ser cuidadosamente planejada e continuamente monitorada. Outro fator que merece atenção são os postes, característicos da distribuição aérea de energia elétrica, que também suportam outros serviços de interesse público, como telefonia, TV a cabo, iluminação e internet, os quais a rede subterrânea deverá também contemplar – além dos já tradicionais; entre eles, rede de água e esgoto, distribuição de gás e águas pluviais”, explicou a empresa. 

A CPFL afirma que tem um plano anual de vegetação, livrando os cabos elétricos das copas de árvores. “Ainda assim, sempre que há ventos fortes, árvores de grande porte podem ser abaladas, atingindo a fiação elétrica. Esses impactos podem causar interferências no fornecimento de energia comprometendo até o funcionamento de serviços essenciais, como abastecimento de água e hospitais”. 

Por outro lado, a empresa enfatiza que a poda de árvores é responsabilidade da Prefeitura. “A CPFL atua somente em casos em que há riscos iminentes de acidentes com a população ou ao fornecimento de energia e quando há autorização ambiental”, conclui a empresa.

SERVIÇO

Caso a população tome conhecimento de alguma árvore que esteja em contato com a rede elétrica, deve informar a companhia para que a poda seja realizada de maneira segura e por profissionais especializados. Os pedidos podem ser feitos por meio dos canais de atendimento da concessionária: site www.cpfl.com.br, app ‘CPFL Energia’ ou 0800 010 2570 (ligação gratuita). 

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