A Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) procura voluntários para participar de uma pesquisa inédita que busca responder a uma pergunta que afeta crianças, jovens e adultos: por que tantas pessoas sentem incômodo, cansaço ou dor ao ler — ou têm dificuldade até mesmo antes de começar a ler? Os voluntários(com ou sem sintomas) ajudarão a transformar a forma como esta questão é tratada. O estudo acontecerá na Unidade 01 da Faculdade de Medicina de Jundiaí(rua Francisco Telles, 250 – 1º andar – Unidade 01, FMJ). Os agendamentos podem ser feitos das 8 às 17 horas, de segunda a sexta-feira, pelo telefone (11) 3395 2157 ou pelo e-mai nit@fmj.br
O estudo integra o projeto “Análise do Olhar Humano: Estudos Experimentais de Rastreamento Ocular para Reconhecimento de Padrões Visuais em Tarefas Cognitivas”, liderado pelo pesquisador e engenheiro Rafael Nobre Orsi. Segundo ele, “entender como o olho se comporta diante de estímulos visuais é essencial para diagnósticos mais precisos e intervenções que realmente melhorem o aprendizado e a qualidade de vida”. O projeto conta com apoio institucional da Diretoria de Inovação e Tecnologia da FMJ. Para o diretor, António César Galhardi, “pesquisas como esta mostram como a tecnologia pode derrubar barreiras invisíveis que prejudicam o desenvolvimento humano”
Por que a pesquisa importa? O foco está no estresse visual, especialmente em condições como a Síndrome de Irlen — que ganhou destaque em Jundiaí após a criação da Campanha Municipal de Conscientização em 2019 pelo então vereador e atual prefeito Gustavo Martinelli.
Mas há um ponto crucial: A Síndrome de Irlen vem sendo frequentemente confundida com outras condições, também sem diagnóstico preciso, que afetam o desempenho escolar, a leitura e até o processo de aprendizagem desde a infância. Ou seja, muitas pessoas enfrentam dificuldades, mas ainda não sabem por quê.
O que é a Síndrome de Irlen? É uma alteração na percepção visual relacionada à adaptação à luz. Entre os sintomas estão:
· Sensibilidade ao brilho do papel branco;
· Dor ou desconforto ao ler;
· Dores de cabeça;
· Náuseas;
· Dificuldade de concentração;
· Dificuldade para acompanhar linhas ou letras.
Os exames oftalmológicos tradicionais não detectam essa condição, e o diagnóstico depende quase sempre apenas do relato do paciente. Isso abre espaço para enganos, atrasos no tratamento e confusão com outras dificuldades visuais ou cognitivas.
A tecnologia que pode mudar esse cenário – A FMJ está utilizando rastreamento ocular (eye tracking) — uma tecnologia moderna, não invasiva e segura, capaz de mapear com precisão o movimento dos olhos diante de palavras, imagens ou estímulos visuais simples.
Essa abordagem permite avaliar não apenas pessoas que leem, mas também pessoas que ainda não aprenderam a ler, incluindo crianças e adultos em alfabetização. Isso é fundamental para esclarecer causas de dificuldade na leitura e na aprendizagem desde as fases iniciais.
O objetivo é desenvolver um método inovador, objetivo e baseado em evidências para apoiar diagnósticos confiáveis e orientar intervenções eficazes. A pesquisa contará com 360 participantes, distribuídos entre grupo controle e grupo alvo, em parceria com a FEI e o Centro Paula Souza.
Quem pode participar? Qualquer pessoa, incluindo:
· Quem sente desconforto visual ao ler;
· Quem nunca teve sintomas (grupo controle);
· Crianças ou adultos que ainda não sabem ler, mas apresentam sinais de desconforto visual, dificuldade de foco ou desafios no processo de aprendizagem.
VEJA TAMBÉM
PUBLICIDADE LEGAL É NO JUNDIAÍ AGORA
ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES











