GUERRA CIBERNÉTICA, o campo de batalha virtual

guerra cibernética

Além dos domínios de guerra terrestre, marítimo, aéreo e geoespacial, o ambiente cibernético aparece como o quinto domínio da guerra. A exploração deste tipo de combate por nações tecnologicamente mais desenvolvidas, como o exemplo da Rússia, trouxe à tona mais um ponto estratégico: o campo de batalha virtual, a guerra cibernética. Agora, as preocupações não são apenas com tropas, mísseis e tanques. Os hackers, seja a mando militar ou até patriotas autônomos, são parte do exército de ofensivas que causam danos tão profundos quanto as armas de fogo.

Derrubar a rede de celular, TV e internet, sistemas de instituições financeiras e militares, tem como propósito instaurar pânico, paralisar serviços essenciais e dificultar a comunicação, fragilizando uma nação para minimizar as possibilidades de reação durante uma guerra.

A partir da invasão de redes e sistemas, os ataques cibernéticos tem como alvo sequestros de dados já explicados nesta coluna, destruir informações de sistemas e infraestruturas críticas como o de usinas ou de hospitais, sabotagem de informações, espionagem e controle de equipamentos e armamento tecnológico.

Se engana quem pensa que estas estratégias são novas. Em 2008, na Guerra na Ossétia do Sul, os sites do Governo da Geórgia e outras empresas privadas foram alvo de ciberataques. Em 2010, o Stuxnet, vírus de computador desenvolvido para atacar o sistema operacional usado para controlar as usinas nucleares iranianas, casou um grande dano e acabou atrasando o início da produção da usina de Bushehr.

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A guerra cibernética também ocorreu em 2015, quando a rede elétrica da Ucrânia foi atingida pelo ataque BlackEnergy, que causou um apagão afetando 80 mil pessoas. No mesmo país o NotPetya tinha o intuito de afetar sistemas de contabilidade e acabou se espalhando por todo o mundo gerando prejuízos de bilhões. A autoria foi ligada pelas autoridades dos Estados Unidos, Reino Unido e União Européia a um grupo de hackers militares russos.

Esta disputa entre Rússia e Ucrânia vem afetando o mundo todo nos campos de commodities agrícolas, combustíveis, gás de cozinha, gerando aumento da inflação e prejudicando diretamente a retomada mundial pós-pandemia, além de um grande impacto social e humano. Desde 24 de fevereiro, a guerra conta com danos de US$ 10 bilhões à infraestrutura da Ucrânia, segundo a CNN e até o momento 24 mil mortes registradas.(Foto: vocesmexico.com).

RENAN CAZZOLATTO

Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, especialista em Gerenciamento de Projetos e Gerenciamento de Serviços de TI. Atua em soluções de tecnologia e governança para o setor público e leciona em cursos de nível técnico.

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