O PT de Jundiaí discutirá, na próxima semana, em reunião da executiva, as ações que tomará contra a vereadora Quézia de Lucca(PL/foto principal). A informação é da secretária Nacional de Mobilização do partido, Mariana Janeiro. Durante sessão ordinária em outubro do ano passado, Quézia fez um pronunciamento no qual ligou o Hamas ao PT. Na ocasião, a própria secretária do PT divulgou vídeo informando que o partido processaria Quézia. “Protocolamos na Câmara Municipal um pedido formal de retratação da parlamentar. O pedido segue sem resposta até hoje. Demos o prazo para a retratação até o final do ano passado. Depois, aumentamos o período por conta do Carnaval”, argumentou Mariana. Apesar da polêmica, a secretária diz que o PT tem agora as eleições como prioridade.

Na sessão do dia 10 de outubro, a vereadora pediu a palavra para condenar todos os atos de terrorismo que estão ocorrendo na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. “Estes atos estão sendo feitos pelos terroristas do Hamas contra o povo de Israel. Qualquer forma de terrorismo, independentemente da sua origem, é uma afronta à humanidade e não tem lugar no nosso mundo. Os ataques lançados pelo Hamas causaram imenso sofrimento a civis inocentes, mulheres, crianças e idosos. Além disso, é essencial lembrar e abordar aqui as ligações entre o Hamas e determinados grupos políticos como o PT. Até hoje, este partido mantém ligações estreitas com este grupo. É preciso deixar claro que os terroristas comemoraram os resultados das eleições de 2022. Nunca foi tão fácil estar do lado da fé e da verdade. A esquerda está do lado dos terroristas e nós estamos do lado de Deus e do povo de Israel”, afirmou Quézia.
No vídeo como o título “Vereadora que Caça Like Encontra Processo”, em resposta ao pronunciamento de Quézia de Lucca, a petista afirma que “é inadmissível quem usa uma guerra como palanque eleitoral, para caçar like para rede social. Quem caça like vai ganhar processo. A jornalista Mônica Waldvogel(Globo News), associou o PT ao Hamas ao vivo. E durante uma sessão, a única mulher vereadora de Jundiaí fez a mesma coisa”, disse Mariana. Já no final do vídeo, a secretária do Partido dos Trabalhadores afirma: “A nossa posição oficial como partido está na página da presidente Gleisi Hoffmann e do próprio PT. O posicionamento oficial do presidente Lula está no perfil dele. Qualquer fala que vá contra ao que está expressado nestas notas é mentira, configura calúnia e cabe processo, pedido de explicações, desagravo, além de retratação pública. Cabe também o encaminhamento à Comissão de Ética da Câmara Municipal de Jundiaí por quebra de decoro parlamentar. E é exatamente isto que o PT de Jundiaí fará sobre a fala mentirosa e eleitoreira da vereadora”, concluiu Mariana.
Na sessão seguinte, no dia 17, Quézia voltou ao assunto: “Eu tenho plena consciência que nem todos os palestinos fazem parte do Hamas. A minoria que está neste grupo é terrorista sim. E ao realizar estes ataques, colocam a vida de inocentes em risco. O PT levou nove dias para elaborar uma resolução. Nela, os ataques foram condenados, mas não chamou o Hamas terrorista. O Partido dos Trabalhadores também disse que o Estado de Israel comete genocídio na região. O que falei na sessão passada é que em 2021, diversas entidades ligadas à esquerda como o MST e a CUT e partidos como o PSOL e o PT, assinaram um documento pró-Hamas. Naquele ano, o governo da Inglaterra considerou o Hamas como organização terrorista. Estes partidos e organizações brasileiros fizeram um manifesto de repúdio contra a decisão do governo inglês. É disto que falei na semana passada. O presidente Lula chamou os ataques de terroristas. Mas não chamou o Hamas de grupo terrorista. Em 2022, o líder do grupo Hamas parabenizou Lula por ter vencido a eleição presidencial, algo que não aconteceu na eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eu não li nota de repúdio quando fui às redes sociais denunciar que estava sendo ameaçada por um radical esquerdista, o que gerou uma investigação policial. A esquerda, que defende tanto as mulheres, os homossexuais, tanto a vida, mas são favoráveis ao aborto, não fez nenhuma nota de repúdio me apoiando como sendo a única mulher desta Casa. Vários vereadores fizeram falas parecidas como a minha e não foram alvos de notas de repúdio. É mais fácil vir aqui e enfrentar uma mulher. Só que esta mulher tem brio e sabe o que está falando. A minha família é árabe. Meus bisavós eram libaneses. Meu pai era italiano. Não sou preconceituosa e vou continuar buscando e lutando pelos meus valores cristãos. Luto pela vida, Deus, pátria, família e liberdade”, disse ela.
Na mesma sessão, o vereador Faouaz Taha(PSDB) – que é muçulmano – também falou sobre a guerra. “Queria pedir respeito a todas as pessoas que morreram nesta guerra. Aliás, não é guerra já que existe o Estado de Israel e não existe o Estado da Palestina. É um genocídio, é uma chacina contra o povo palestino. E isto não é de agora. Fizeram um recorte dos últimos dias e estão postando nas redes sociais e publicando na imprensa como se fosse algo novo. Quem conhece a história sabe que isto tem mais de sete décadas. Não vi ninguém aqui pedindo minuto de silêncio pelas quase mil crianças palestinas achadas mortas. Queria muito não dividíssemos esta discussão em direita e esquerda, o que é um desrespeito desta Casa. Isto é um absurdo. Peço respeito a todos os vereadores. Vamos estudar pessoal. Chega de falar atrocidades. Um pastor veio aqui na tribuna livre e disse que 40 bebês israelenses foram degolados. A ONU disse que isto é fake news. Ele veio aqui e com toda propriedade do mundo falou sobre as crianças degoladas. Não teve isto. Chega de fakes. Todo mundo agora é especialista em guerra. Procurem estudar a História. A formação do Estado de Israel foi à base de sangue e morte. Vão estudar. E respeitem as vítimas e suas famílias”.
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