A saída de Arthur Lira da presidência da Câmara dos Deputados, no início deste mês, deve mostrar uma nova fase nesta casa de leis em Brasília, junto ao Governo Federal e ao Supremo Tribunal Federal. Objetivo sempre foi a união dos três poderes para poder fazer, realmente, a democracia ser mais viva em nosso País. A Câmara é agora presidida por Hugo Motta(Republicanos-PA).
Lira sempre atuou na base da pressão, principalmente com a chegada de Lula à Presidência, tentando impor suas ideias dentro da Câmara. Mais distante de Rodrigo Pacheco, o presidente do Senado, Lira buscou atuar mais junto à ala da direita, sempre fazendo pressões junto ao Governo Federal e dificultando aprovações de projetos importantes.
Mas a dureza dos presidentes da Câmara não começou com Lira. Ela é antiga nesta Casa de Leis e alguns nomes devem ser lembrados. Hugo Motta é de um partido ligado à área bolsonarista, mas com muitas mudanças de posturas de alguns de seus parlamentares.
Dentre todos, vale lembrar – e sempre será lembrado – o trabalho incansável de Ulisses Guimarães que presidiu a Câmara, exatamente entre 1985 e 1989, período em que foi realizada a Constituinte que terminou com a publicação da nova Carta Magna de nosso país. Inesquecível seu desaparecimento na queda de um helicóptero com seu corpo jamais ter sido resgatado das águas do mar, no litoral norte de São Paulo.
Michel Temer, Aécio Neves, Severino Cavalcanti são alguns nomes de pouca projeção política no cenário político nacional. Um dos nomes mais fortes foi o de Eduardo Cunha. Foi por suas mãos que saiu a votação do impeachment de Dilma Rousself e, por conta da operação Lava Jato, acabou sendo preso. Rodrigo Maia, que presidiu a Câmara antes de Lira e esteve à frente da Casa nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro, mostrou uma briga política intensa entre os dois, principalmente por conta da votação de projetos. Mas Maia sumiu e a expectativa seja a mesma com relação a Lira que, parece, tem fortes pretensões políticas para o próximo ano. Vamos aguardar como Hugo Motta se comportará.
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No mais, Donald Trump mostra que veio criar polêmicas. Lula continua nadando contra as ondas do mar na área da comunicação e insiste em dizer que ganha a eleição do ano que vem. E os aliados de Bolsonaro buscam criar uma lei que reduz o tempo de inelegibilidade para dois anos, tentando tornar o “chefe” elegível no ano que vem. Esquecem, porém que a decisão final é do STF.
E, em Jundiaí, a saúde mostra os problemas esperados na falta de estrutura e os vereadores retomam os trabalhos. Vamos esperar pra ver como será o trabalho deles com a administração Gustavo Martinelli. Lembrando que Ricardo Benassi tem se mostrado um aliado constante do prefeito. Ação em conjunto de ambos, mostrando um trabalho de união entre o prefeito e o vice.(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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