O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) continua a julgar, nesta semana, o novo processo contra Jair Bolsonaro, acusado de uso de poder político durante o 7 de setembro de 2022. Após as solenidades, o homem subiu no palanque e fez campanha eleitoral, ignorando os 200 anos de independência do Brasil. Quem se lembra da data, pouco deve se lembrar que o País se libertou de Portugal e começou a andar por suas próprias pernas. Quanto ao ex-presidente, a inelegibilidade deverá ser a sentença.
Claro que ninguém vive sozinho e o Brasil cresceu, aliando-se a fortes democracias. Claro também que passamos por duas ditaduras no século passado: A Vargas e a mais triste de todas, a Ditadura Militar que começou em 1964 e terminou 21 anos depois, com a posse de Sarney, já que Tancredo Neves estava internado e não chegou a governar.
Terminada a ditadura militar, o Brasil voltou aos trilhos das eleições diretas e Fernando Collor foi o primeiro civil a assumir a presidência, escolhido pelo povo. Claro que a história é conhecida: foi cassado, perdeu o mandato e o fato se repetiu com Dilma Rousseff, apesar de o Partido dos Trabalhadores garantir, até hoje, que o que houve foi um golpe.
Golpe ou não, a verdade é que Jair Bolsonaro, um capitão reformado, que chegou a ser preso quando estava no quartel, assumiu a Presidência da República. E Lula estava preso! A história, a partir disso tudo é conhecida por todos: pandemia; desprezo do presidente pelos doentes; perda de milhões de reais com as vacinas sendo jogadas fora, por não serem procuradas pelo povo e perdendo a validade e o resultado: mais de 700 mil mortos e as vacinas, contra todas as enfermidades, se acumulam na Unidades de Saúde porque muita gente ainda acha que vacina não salva ninguém, apesar de no mês passado, cientistas ganharam o Nobel de Medicina pela descoberta da vacina contra a Covid-19.
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Mas voltando ao réu: a votação para punir Jair começou na semana passada e deve ser retomada nesta terça-feira(31) e o resultado mostra que nova punição vem aí: oito anos de inelegibilidade. Como penas não se somam, Bolsonaro vai continuar inelegível só por oito anos. O medo do Partido Liberal, do senhor Waldemar da Costa Neto, que também já esteve preso, é de que o candidato a vice na chapa do Jair, general Braga Neto, ganhe a mesma punição, a inelegibilidade. Como não fora julgado no outro processo, deve seguir os caminhos do ex-presidente e ficar oito anos sem poder se candidatar. Como nunca se candidatara antes, ele pouco perde, mas diminuem as chances de mais um nome no comando das eleições do próximo ano no Partido do Jair ou do Waldemar.
Enquanto isso, em Brasília, o governo Lula segue a cartilha do Centrão, comando pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e faz troca de cargos para garantir aprovação de projetos. É o famoso “é dando que se recebe”, frase criada por Roberto Cardoso Alves, ex-deputado federal e ex-ministro, para justificar troca de favores na política. Neste “toma lá, dá cá”, Lula vai aceitando o que lhe convém.(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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