A maior INVENÇÃO da humanidade

INVENÇÃO

Qual teria sido a maior invenção da humanidade? Há quem sustente que foi a roda. Outros podem falar que foi o uso do vapor e da eletricidade. Ou a penicilina. Há tanta coisa importante inventada pelo gênio dos humanos!

Mas para Daniel L. Everett, a maior invenção da humanidade foi a linguagem. Ele até escreveu um livro: “Linguagem – A História da Maior Invenção da Humanidade”. Para ele, a linguagem é uma combinação de forma, gestos, significado e altura da voz. Ela não se confunde com a gramática, instrumento auxiliar da linguagem.

O que modela a linguagem? Como é que ela toma forma? Há uma série de fatores: psicologia, história e cultura. Ela se desenvolve de acordo com o contexto e as circunstâncias. E não existe um distúrbio hereditário específico da linguagem, porque não há um módulo cerebral voltado exclusivamente a essa função. Linguagem, para Everett, é mais do que o cérebro. É uma função do corpo inteiro. Por isso é que se fala em linguagem expressiva, de gestos, de olhares. O corpo humano tem sua linguagem e não é impossível detectar o que ele está falando, embora a boca possa estar fechada e o personagem na mais completa mudez.

O linguista que escreveu “Linguagem” fez Mestrado e Doutorado em Linguística na Unicamp. Ele ilustra o livro com situações da cultura indígena brasileira. Para ele, a linguagem não nasceu com o Homo Sapiens, mas muito antes, há mais de 1,5 milhão de anos, com o Homo Erectus. Foi este quem desenvolveu símbolos e significados. Pressuposto para a linguagem.

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Essa maravilhosa invenção tem servido para o bem – composição literária, poética, musical, discursiva, oratória – mas tem também causado o mal. A maledicência, a fofoca, a fake news, a difamação, a injúria, a calúnia. Como se ofende com a palavra! Embora se repita “verba volant”, as palavras voam e desaparecem, quando elas machucam, deixam cicatrizes. Assim, na dúvida, é melhor não falar. Se a palavra é prata, o silêncio é ouro, diz a sabedoria popular.

Como seria bom que a linguagem só pudesse atender às melhores causas, ao aprimoramento do ser humano, animal perfectível e que tantas vezes abandona sua rota natural para enlamear-se na imundície.(Ilustração: edisciplinas.usp.br)

JOSÉ RENATO NALINI

Desembargador aposentado, reitor da Uniregistral, docente da Pós-graduação da Uninove e Presidente da Academia Paulista de Letras.

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