A Prefeitura de Jundiaí informou que abriu na última sexta-feira(25), processo administrativo para apurar possível esquema de corrupção na Previdência Social do Município de Jundiaí (Iprejun). O jornal Metrópoles divulgou que um dia antes, a Polícia Civil de São Paulo, havia deflagrado operação mirando suspeitos por supostos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo recursos de Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) na cidade. Os RPPS são os sistemas e entidades de previdência pública de cidades e estados.
De acordo com o Metrópoles, na coluna de Guilherme Amado, a investigação foi autorizada pelo juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. A ação contou com mandados de busca e apreensão. “Computadores, documentos, celulares e outros itens que possam servir como provas foram apreendidos. O suposto esquema, de acordo com o jornal, teria participação do presidente da Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e Municipais (Abipem), João Carlos Figueiredo, um dos alvos da decisão do magistrado. Figueiredo é o presidente do Iprejun. No início de setembro, ele recebeu o Troféu Benchmark e foi eleito melhor dirigente de Regime Próprio de Previdência Social do Brasil (RPPS) pela revista Investidor Institucional.
Figueiredo, conforme o despacho do juiz, teria se valido da presidência da Abipem e do Instituto de Previdência do Município de Jundiaí (Iprejun) para influenciar a destinação de recursos dos regimes de previdência municipais a fundos de investimento, em operações que seriam intermediadas por uma empresa de outros investigados. A Polícia Civil afirma que Figueiredo recebia e distribuía vantagens indevidas a administradores das entidades de previdência municipais no âmbito dessas operações e que os investimentos nos fundos nem sempre eram as melhores opções de mercado.
Segundo o Metrópoles, “Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) analisado pelos investigadores apontou, segundo a decisão do juiz, “sérios indícios de práticas criminosas de corrupção, lavagem de dinheiro, desvios de recursos públicos e crime organizado. Entre as suspeitas enumeradas no documento estão suposto desvio de valores usados em investimentos do Iprejun, órgão de previdência de Jundiaí, para contas de sócios da empresa que intermediava as operações. O Coaf também apontou saques de valores em espécie da conta do Iprejun e indícios de destinação de dinheiro da entidade para empresas-fantasmas”.
Nota da Prefeitura na íntegra – “O Instituto da Previdência Social do Município de Jundiaí (IPREJUN) é um patrimônio intocável dos servidores municipais, uma instituição sólida e transparente em suas ações. Todos os investimentos realizados são aprovados pelo Comitê de Investimentos, com a prestação de contas disponível no site da instituição para a consulta permanente. Além disso, o Instituto tem fiscalização permanente do Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal. O Instituto abriu nesta sexta-feira (25) um Processo Administrativo via Controle Interno para apurar possíveis denúncias. A Prefeitura acompanhará os trabalhos com o objetivo de esclarecer os fatos rapidamente. Vale esclarecer que até o momento não houve notificação oficial ao Instituto relacionada ao inquérito mencionado. Além disso, não houve qualquer diligência policial nas dependências do Iprejun”, explicou o Executivo através de nota.
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