Jundiaí comemora 20 anos de ETEJ com reclassificação do Rio Jundiaí

Neste mês, a Estação de Tratamento de Esgoto de Jundiaí, a ETEJ, operada pela Companhia Saneamento de Jundiaí, completa 20 anos beneficiando o município e a região. Tendo praticamente alcançado a universalização no saneamento, o esgoto no município é coletado pela DAE Agua e Esgoto S/A, e é todo tratado antes de ser devolvido aos rios. Além disso, o lodo produzido no processo é reciclado e beneficia a agricultura, sendo transformado em fertilizante de uso seguro em culturas que não são de consumo direto da população.

A necessidade de um olhar específico para o meio ambiente, principalmente a despoluição do rio Jundiaí, foi o que motivou, em 1983, a criação do Comitê de Estudos e Recuperação do Rio Jundiaí (CERJU). Este foi o primeiro passo para a construção dos interceptores e da Estação de Tratamento de Esgoto de Jundiaí, cujo o processo de tratamento foi definido pela CETESB.

Em 1995, a DAE, então autarquia da Prefeitura Municipal de Jundiaí,  abriu concorrência pública pela menor tarifa, vencida pelo consórcio ETE Jundiaí, que fundou em 1996 a Companhia Saneamento de Jundiaí – CSJ. A empresa ficou responsável pela construção e operação dessa Estação de Tratamento, que foi inaugurada em 23 de setembro de 1998.

O diretor da CSJ, Luiz Pannuti, explica que a ETEJ foi a primeira no Brasil a usar ar difuso em lagoas, com difusores flutuantes de membrana. “Desde 1998 são tratados 100% dos esgotos recebidos na ETEJ, que hoje representam mais de 98% de todos os esgotos gerados no Município”, diz. “As pessoas pouco se lembram deste serviço no dia a dia. Mas não seria triste se nosso esgoto não fosse devidamente tratado e o Rio Jundiaí continuasse poluído e sem vida?”, enfatiza.

A recuperação do Rio Jundiaí, que passa por oito municípios do Estado de São Paulo, vem sendo intensificada e executada há aproximadamente 20 anos. “É um trabalho a longo prazo, mas que vem dando um ótimo resultado. No ano passado conquistamos a sua reclassificação para a classe 3 e com isso, cidades como Indaiatuba poderão usar suas águas para abastecimento público”, acrescentou Pannuti.

Laboratório CSJ – O laboratório da CSJ conta com um sistema de gestão da qualidade implementado desde 2004. Esse foi um dos primeiros de automonitoramento no ramo de tratamento de esgoto do Estado de São Paulo a ter acreditação na Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGCRE).

Atualmente a Cetesb exige que os laboratórios que geram resultados de monitoramento possuam acreditação pela na Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGCRE), conforme ISO ABNT ISO/IEC 17025.

É uma norma que estabelece requisitos para que um laboratório demonstre a sua competência em realizar ensaio ou calibração. Composta por requisitos da direção herdados da família da ISO 9001, que garante um gerenciamento sólido do laboratório e por requisitos técnicos que garantem a gestão da competência técnica para realização de ensaios e amostragem ou calibração.

Etapas do tratamento – São sete as etapas do tratamento de esgoto: chegada ao esgoto, gradeamento (para limpeza dos resíduos), estação elevatória, desarenadores (retira areia e sólidos particulados), lagoas de aeração, lagoas de decantação e, por fim, desidratação, compostagem e armazenamento do lodo.

Apoio a projetos – A Casa da Fonte é um projeto socioeducacional do terceiro setor patrocinado pela Companhia de Saneamento de Jundiaí e recebe diariamente crianças e adolescentes no contraturno escolar com atividades diferenciadas e a ampliação de horizontes. Jovens e adultos também são assistidos em cursos semiprofissionalizantes e de geração de renda, que visam a ampliação do orçamento doméstico.

As escolas Cleo Nogueira Barbosa, Ivo de Bona, Dom Joaquim Justino Carreira e Alessandra Cristina Rodrigues Pezzato e o CECE José De Marchi, com quase 5 mil alunos, são apoiados pela Casa da Fonte e Companhia Saneamento de Jundiaí. (Da assessoria de imprensa da CSJ)

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