O PSOL de Jundiaí decidiu lançar candidatura coletiva para disputar uma cadeira da Assembleia Legislativa de São Paulo nas próximas eleições. A chapa Juntas é formada por oito mulheres que querem maior participação feminina na casa de leis do Estado. O Jundiaí Agora entrevistou a professora Cíntia Vanessa, cujo nome aparecerá nas urnas eletrônicas para quem votar nelas, no próximo dia 2. Aliás, ela foi candidata a prefeitura da cidade nas eleições de 2020. Confira:
Por que optaram por montar uma chapa coletiva?
Acreditamos que a mudança se dá através do coletivo. Uma candidatura coletiva aumenta a participação de pessoas interessadas em diferentes pautas. Este modelo é mais democrático plural, é a chance de mais vozes serem ouvidas e de um número maior de pessoas e temas serem contemplados.
Só mulheres fazem parte desta candidatura coletiva? Quem são?
Sim, só mulheres. Somos oito ativistas, voluntárias e atuantes pelo bem comum: Cíntia Vanessa (professora e estudante de direito); Rosana Congílio (escritora e advogada); Paloma Soares (educadora infantil); Lu Cunha (psicóloga); Juliana Oliveira (advogada ambientalista); Carolina Duarte (educadora e coordenadora escolar); Aiuna Mota (Doula, placenteira e consultora de amamentação) e Josy Oliveira (líder comunitária).
Não temem perder o votos dos homens. Ou apostam no eleitorado feminino?
Estamos interessadas em garantir uma maior participação das mulheres na política, uma participação qualitativa, algo que historicamente é raro no Brasil. Na Assembléia Legislativa, dos 94 deputados estaduais eleitos, apenas 18 foram mulheres. Esses dados mostram como as políticas públicas pensadas no Estado de São Paulo são feitas pelos homens e para os homens. Assim, quando afirmamos ser uma candidatura feminista não significa que nossos eleitores são exclusivamente mulheres, mas são também aqueles que tem consciência de que é importante ter um grupo diverso pensando as políticas e que fazer políticas públicas voltadas para mulheres é pensar em um Estado mais justo, mais igualitário e menos opressor. Vale ressaltar, que temos propostas para garantir direitos dos trabalhadoras e trabalhadores, propostas para a população periférica, indígena, quilombola e para a população LGBTQI+. Viemos para contribuir e para fortalecer a voz das mulheres. E também estamos com os homens que acreditam na importância da multiplicidade de olhares ao se fazer política.
Como vêm interagindo com o eleitorado? Corpo a corpo ou só redes sociais?
Estamos mais no corpo a corpo do que nas redes sociais. Preferimos conversar, falar da proposta de candidatura, mas também estamos nas redes.
Será o seu nome que aparecerá nas urnas?
Sim, nas urnas aparecerá Cíntia Vanessa da Juntas
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Se forem eleitas quais seus projetos para Jundiaí e região?
Nós temos algumas bandeiras a principal dela é apoiar e criar políticas públicas para as mulheres. Nossos pontos fortes são: educação, cultura, meio ambiente, justiça social e e serviços públicos.
Nas eleições municipais, há dois anos, você ficou em nono lugar, com 4.091 votos. Na mesma eleição, só que para o Legislativo, só três vereadores tiveram mais votos que você(Albino, com 7.345; Edicarlos, 5.439 e Dika Xique Xique, 4.662). Se não conseguir uma cadeira para a Alesp pensa em ser vereadora daqui dois anos?
As decisões no partido são coletivas. Vamos parar para pensar nisto depois das eleições. Agora, estamos focadas e gastando as energias nesta candidatura coletiva, na chapa Juntas…
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