Ativistas LGBTI+ aproveitam palestra para criticar vereadores

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A OAB Jundiaí realizará, nesta quinta-feira(11), 19 horas, a palestra ‘Uma História dos Direitos LGBTI+ no Brasil’, com Renan Quinalha, professor de Direito da Unifesp. A comunidade da Diversidade Sexual da cidade está se mobilizando para participar. O evento ocorre num momento de tensão entre ativistas e vereadores que vêm apresentando propostas tidas como homofóbicas. Além disto, existe a promessa de buscar a Justiça para derrubar leis que prejudiquem a comunidade. Desde o início do ano foram apresentados dois projetos e uma moção que atacariam os direitos LGBTI+.

O porta-voz da Rede Sustentabilidade, Felipe Pinheiro, é um dos ativistas que vem divulgando a palestra. “No próximo dia 17 celebramos o Dia Internacional de Combate à Homofobia. A OAB realizará este evento. Espero encontrar vocês lá. Aproveitaremos a ocasião para reforçar aos vereadores de Jundiaí que LGBT não é filho de chocadeira. Nós temos famílias. Nós temos direitos e temos história”, explica ele.

Para Felipe, “não há dúvidas de que na nossa Câmara existe uma maioria que utiliza de falso moralismo, pautas de costumes e apelam para a homofobia e transfobia para se promoverem politicamente em cima de uma população que já vulnerável socialmente. Não diria que a Câmara é inconstitucionalmente homofóbica porque temos aliados como os vereadores Paulo Sérgio Martins e o Romildo Antônio”.

Ele afirma ainda que através de advogados voluntários estão sendo organizadas ações de inconstitucionalidade para derrubar leis que atacam os direitos LGBTI+. “Já tivemos vitórias contra projetos homofóbicos aprovados pela Câmara, como o ‘Escola Sem Partido’. Agora não será diferente. É uma pena precisarmos gastar tanto tempo e dinheiro público para reverter leis que prejudicam a população ao invés dos vereadores se dedicarem aos problemas reais da cidade”, concluiu Felipe.

Samy Fortes, ativista dos Direitos Humanos e colaboradora do Jundiaí Agora, afirma que o evento servirá para mostrar a história da comunidade para Jundiaí. “Nós estamos inseridos na sociedade, nas famílias. Eu venho de uma família gaúcha e tradicional. Meu pai era militar do Exército. No Rio Grande do Sul, o machismo, o patriarcado, são questões muito fortes. Este é um momento de resgate para que a sociedade entenda que não estamos de mi-mi-mi. Não estamos nos vitimizando diante dos ataques feitos por alguns vereadores locais que nos tratam como um grande ‘nada’, como filhos de chocadeira”, diz.

A divulgação da história da comunidade é mais importante do que o confronto direto com os vereadores considerados conservadores, para Samy. “Vamos fazer um resgate. Ao invés de ficar rebatendo estas barbáries que vereadores cometem através de projetos de lei e moções, vamos mostrar que estamos e sempre estaremos vivos, vivas e vives dentro do contexto social brasileiro e que nossos corpos e histórias foram apagados. A hora, agora, é de resgate. Queremos respeito. Todos temos família”, explica.

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