Comentei aqui, recentemente, que houve uma grande preocupação com os nomes de autoridades que deveriam ser presas, de acordo com a minuta do golpe encontrada com Mauro Cid e comentada na reunião de ministros mostrada ao Brasil inteiro. Os nomes mais importantes eram os de Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, ministros do STF e Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso. A preocupação não era com os nomes divulgados, mas o que estava ausente: Arthur Lira, presidente da Câmara!
Além do cargo de presidente da Câmara, Lira é o comandante do Centrão. Ele é que articula projetos na pauta para votação, ele que busca acordo com o Governo para aprovação de medidas, enfim, ele é o “quase” primeiro ministro da República, presidida por Luiz Inácio Lula da Silva.
O que se percebe é que Lula negocia com Lira, mas não pede “por favor” nestas conversas. Lira não teve apoio de Lula na eleição de presidente da Câmara e nem Rodrigo Pacheco, do Congresso. Pacheco tem sido mais maleável, Lira mais radical: ou é do jeito dele ou a coisa de complica. E se complicou na semana passada, quando a Câmara definiu 19 das 30 comissões. O Governo poderia ter negociado, para ganhar mais espaço, mas não o fez e com isso, a direita se apossou da maioria delas. O PL de Costa Neto e Bolsonaro, comanda cinco das comissões já definidas e outra parte grande ficou com o PP, Republicanos e União, este último, apesar de estar na base do governo, sempre esteve à direita na política.
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Nesta semana se definem as última comissões, cujo mandato é de um ano. Talvez o Governo tenha preferido não interferir, exatamente por conta do tempo de duração das mesmas e como este ano eleitoral deve provocar um esvaziamento no Congresso, no segundo semestre, por conta das campanhas, há um respiro no Planalto que já começa a articular um nome para o lugar de Arthur Lira, cujo mandato termina no final deste ano. Lira também busca um nome para apoiar e vai ser, com certeza, uma briga de foice! Lula e Lira precisam deixar a mesma bem afiada!!!(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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