Moradores de rua: Lojistas reclamam; Entidades se pronunciam

moradores de rua

Comerciantes de Jundiaí vêm debatendo, pelas redes sociais, a grande presença de moradores de rua no centro da cidade. Para alguns lojistas, a presença destes grupos prejudica os negócios. Outros tentam encontrar saídas para estas pessoas carentes. Segundo a Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), nos últimos três anos a média de atendimentos mensais vem sendo mantida. O Centro Pop, em 2019, assistiu 283 pessoas. No ano seguinte, 232. No ano passado, 265. As entidades que representam os comerciantes – a Associação Comercial e Empresarial(ACE), a Câmara dos Dirigentes Lojistas(CDL) e o Sincomercio – se pronunciaram a respeito.

Segundo a ACE, “Desde o ano passado a entidade está em diálogo com o poder público para solicitar providências em relação à presença das pessoas em situação de rua na região Central, que cresceu em meio à pandemia. Esta situação causa a insatisfação dos comerciantes, que acreditam que as pessoas em situações de rua geram insegurança e inibem os consumidores que circulam pela região ao pedir esmolas. Muitas destas pessoas utilizam os espaços públicos para fazer as necessidades fisiológicas e também causam sujeira com o descarte errado de restos de comida, criando um ambiente propício para a proliferação de ratos e baratas”.

A CDL e Sincomercio afirmaram que “realizam, em parceria com a Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), o trabalho de incentivar a inclusão dessas pessoas em situação de rua nos serviços oferecidos pela rede socioassistencial e conscientizar a população sobre o tema. Recentemente o Sincomercio e a CDL apoiaram a produção das placas informativas da campanha “Menos esmola mais dignidade” e também auxiliam na divulgação do projeto”.

Mais números – O Centro Pop é o equipamento para atendimento inicial da Rede Pop Rua. Localizado na rua Marechal Deodoro da Fonseca, 504, Centro, o Centro Pop funciona no regime de portas abertas, em horário comercial, e oferece o atendimento técnico, alimentação, higiene, espaço para acomodação de pertences, atendimento em saúde e atendimento para os animais de estimação acompanhantes.

A UGADS informa ainda que a flutuação dos números se deve ao fato de que, entre os atendidos pelo serviço, mantém-se a média de 50% de pessoas somente de passagem pela cidade – por conta da localização, acesso aos modais rodoviário e ferroviário e força econômica.

Já entre os demais 50% dos usuários referenciados pela Rede Pop Rua, ou são nascidos em Jundiaí, em sua maioria, ou que moram aqui há mais de cinco anos. Devido a este perfil, a Rede Pop Rua oferece ainda os recâmbios aos municípios de origem para os usuários que demonstrem aceite e cujos familiares ou responsáveis se responsabilizem por recebê-los. Em 2021, foram oferecidos 1.390 recâmbios, por meio de passagem de ônibus e trem.

Serviços – Além do Centro Pop, a Rede Pop Rua de Jundiaí é composta por diversos serviços tipificados para acompanhamento técnico e acolhimento (pernoite), por meio de mais de 100 vagas custeadas pela Prefeitura junto a Organizações da Sociedade Civil (OSC): a Casa de Passagem, voltada ao acolhimento de emergencial e periódico, em nova sede revitalizada pela Prefeitura e inaugurada em dezembro do ano passado; os abrigos, para acolhimentos de duração mais longa e acompanhamento técnico; e a república, serviço para acolhidos no final do processo de saída das ruas, já com emprego e fonte de renda garantida para participar da gestão e custeio do seu acolhimento.

A Rede conta ainda com o Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), que realiza abordagens de rotinas a moradores de rua em diversos pontos da cidade e atende a chamados da população, pelo telefone (11) 98531-0146. Além de ter suas equipes ampliadas e passar a atender 24 horas por dia, o SEAS atua de modo integrado com a Guarda Municipal de Jundiaí (GMJ) e Unidade de Gestão de Segurança Municipal (UGSM), Consultório na Rua da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP). O serviço também intensificou abordagens para orientação e oferta de inclusão na rede, tanto nas regiões central e da Ponte São João, pelos programas Centro Seguro e Bairro Seguro, além de outras regiões da cidade, como a avenida Nove de Julho e terminais urbanos.(Foto: Whatsapp)

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