A hora dos NEGROS

Agora é chegada a hora dos negros erguerem as vozes e deixarem de ser atormentados e solitários. A obediência só é válida quando vem de um ensinamento nobre e propósito de elevação, não de submissão forçada, intimidante e perseguidora como foi e tem sido até o presente momento, neste país que de um jeito ou outro, quer parecer com Estados Unidos, mas insisto em dizer, começa pelo separatismo.

Uma vez ditas, as palavras voam. Algumas são entendidas pelos sábios, na maioria das vezes só repetidas pelos tolos. A realidade existencial buscada na humanidade e nas constelações que iluminam as mentes brilhantes que se cruzam conosco nos mesmos ideais! Com as nossas falas negras das vidas que importam. Prudência sem cólera. Não um velho diário escrito num lugar abandonado. Para o bem e para o mal e não é só resposta da esperança, nem desculpas que não tem saída. Se tudo parece ser relativo, relate o que acha possível vencer pela união. Igual Z de Costa Gravas ou quebrar nozes como Tchaikovsky. 

Minha história é um patrimônio meu, necessidade lógica da ideia de Deus, providenciar relação humana, com arte e solidariedade. Não existe perda na mente divina, se for bom volta, se não for, vira poeira cósmica. Na história do mundo o negro nunca esteve fora de cena. No Brasil mesmo já tivemos mais espaço aproveitável, e não é só coisa de futebol e Carnaval. Qual é o tempo iluminado de um ser humano na Terra? A sociedade se importa mais com minha liberdade que com a sua hipocrisia. 

Zezé Motta e Clarice Lispector ocuparam o mesmo espaço. Formas artística e poética, o segredo é o detalhe, está na pausa. A elegância é a beleza plástica do silêncio, dentro daquelas quatro paredes, os ouvidos e os olhos das janelas a nossa volta…persona. Cultura tribal milenar sem quebrar (o branco), que Deus lhe perdoe, Rui Barbosa queimou (a mancha). Histórias ancestrais, tendência democrática que esperamos seja exercida. Afrodescendentes, negros, não se enganam a si próprios. Os primeiros passos, os próximos passos, sem se alimentar de crenças através de experiências (místicas e fenomênicas) diárias, provas, castigos, pecados. Coisas eróticas, exóticas, irônicas. Convocando o mundo para o grande espetáculo. O samba difícil aceitar,  já o rock no Brasil é “RitaLeecio”…

Nesse frescor de maneira nova, bom é aceitar e viver essa contemporaneidade e representatividade de uma raça. Uma série de pretos, cultura preta. Mudança Teodora. O Diabo Coxo – Luiz Gama.

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Uma necessidade casual de ter o que falar. Uma voz tão má quanto a consciência dizendo:

– Há algo perdido, vá atrás.

Quando se quer muito uma coisa, não há nada que lhe impeça de poder conseguir, o que tiver que ser seu de um jeito ou de outro te alcança, a liberdade tem uma só rota e é o objetivo principal de todas as metas.

LUIZ ALBERTO CARLOS

Natural de Jundiaí, é poeta e escritor. Contribui literariamente aos jornais e revistas locais. Possui livros publicados e é participante habitual das antologias poéticas da cidade.

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