O Brasil na MÍDIA INTERNACIONAL

MÍDIA INTERNACIONAL

O Brasil está na mídia internacional. Por isso sinto tanto orgulho em ser brasileiro: sempre nos superamos. Sempre conseguimos dar o pulo do gato e sairmos por cima, de qualquer adversidade. Quando eu comentei sobre os jogadores de futebol do sub 17, sub 20, sub 980, escreveram-me perguntando se eu não acreditava que o futebol servia para mudar os jovens de status social.

Mas para quantos jovens esta verdade é real? Quantos alteram seu modo de viver e quantos conseguem manter esta mudança, sem perdas e danos? Será que não se percebe que esta mudança é para um milionésimo de jovens? E que a mudança é circunstancial? Agora, nós estamos novamente na mídia internacional por causa do futebol.

O jogador brasileiro sai do Brasil, destrói o rosto da esposa, promove um ataque fabuloso, ao ponto de ser comentado em todo mundo esportivo ou não, sendo que alguns jornais traçam paralelos entre o ocorrido e o “incidente” do goleiro Bruno. Vamos pensar: bem de vida, com fama no esporte nacional, mas com mudança substanciosa de vida? Culto? Sábio? Socialmente adequado? Não vou arriscar a resposta. Respondam os leitores…mas colocou o Brasil na mídia.

Num tema estressante e assustador, o patrono da Educação brasileira foi destituído de seu espaço. Pois é, Paulo Freire, o brasileiro presente em 400 das 400 bibliotecas do Mundo, lido e admirado pela esquerda e direita internacional (porque cultura não tem lado nem cor), recebe uma descompostura sem medida. Ninguém mais, nem menos, que o presidente da República esculacha com a grandeza áurea de nosso querido pernambucano, autor de vários livros e precursor de metodologias surreais no processo de alfabetização.

Isso nos levou às mídias nacionais e internacionais, visto que seus livros são publicados e adotados em vários países que estudam o desenvolvimento escolar e politico. Analisados até mesmo com mais frequência fora do Brasil do que aqui. Mas, é inadmissível que Paulo Freire passe por tal constrangimento, sem maiores argumentações. Não é coisa para mi-mi-mi, mas para se estudar mais e mais suas obras e acreditar que a Educação tem um papel imprescindível no desenvolvimento de um país, que pretende ser grande. Lamento, mas lá vai o Brasil para as mídias mais uma vez.

Como é bom perceber o avanço das ciências médicas, seja no campo humano como veterinário. Mas esta semana, tenho certeza, os respectivos conselhos regionais e federais de cada uma destas áreas devem ter se reunido à exaustão para debater ou formar opinião sobre o fato que balançou as redes de comunicações: o médico e o veterinário que foram pegos na rinha de cachorros, no interior do Estado.

Um disse que havia ido buscar um cão, que comprara do outro, o outro disse que estava lá para entregar o cachorro vendido ao um. E ambos participavam das apostas e reanimavam os cachorros mais debilitados, para que estes voltassem à rinha e morressem lutando. Que nome poderia ser dado a estes dois seres? Bestas feras? Belzebus? Porque se o chamarmos de animais, será uma ofensa àqueles que estavam lutando instintivamente.

O melhor da história, que também chegou e levou o Brasil às mídias foi que dos 41 envolvidos, 40 pagaram fiança e estão soltos. Num surpreendente golpe aplicado à justiça e à humanidade, estes espécimes estão soltos. Seu Bastião, que roubou arroz na quitanda está preso. Mas eles estão soltos. Fica difícil acreditar que veremos justiça, nesta situação. Vamos nos contentar com a exposição no país na mídia.

Também na mídia, mas um fato sem muita importância: políticos aprovam abono natalino para si e seus assessores. Isso nem pega. Nem é feio. Afinal são os políticos, não é? Merecem pelo trabalho que realizam. Pela dedicação ao estado e ao povo. Mas como diriam meus alunos; SQN (só que não). Até quando veremos isso e até quando estaremos que estar atentos para não sermos lesados em nossas coisas mais íntimas e pessoais?

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Sinto dizer, mas isso nos levou às mídias, também. Esta penúltima semana do ano o Brasil não figurou entre os países mais instruídos, mais cultos, com a Saúde mais avançada e bem cuidada. Não figuramos entre os mais seguros e mais protegidos pelo Estado. Nem entre os de melhor índice de alfabetização ou com mais moradias populares.

Mas o Brasil está nas mídias. Se for exposição que conta, estamos bem na jogada. Realmente penso que a culpa de tudo isto não está nos mais de quinhentos deputados e oitenta senadores que temos. Ou dos tais famosos ministros dos supremos. A culpa está em nossos votos mal empregados e em nosso imobilismo de articulação (vejam que a França parou para que a tal proposta não fosse apresentada….). Contentamo-nos em ver nosso país na Mídia, não importa em qual. O que vale é estar na primeira página. Verdadeiro show de horror. Triste país.(Foto: hrpolska.pl)


Afonso Antonio Machado é docente e coordenador do LEPESPE, Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte, da UNESP. Mestre e Doutor pela UNICAMP, livre docente em Psicologia do Esporte, pela UNESP, graduado em Psicologia, editor chefe do Brazilian Journal of Sport Psychology. Aluno da FATI.


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