Muito comum hoje a autodivulgação. Postagens de rede social, Facebook, Instagram, aquilo que se tem, de onde está, o diploma que acabou de receber, do lugar “instagramável” que pisa, são exemplos. Dentro da autodivulgação nos justificamos. E justificar o que se é passa a ser uma espécie de registro para que os outros o validem. E porque se justificar? Talvez para apresentar o que se é? Quem somos? E, afinal, o que eu sou? E você? Estudando, penso que ser está ligado intimamente ao que se deseja, o que se quer. Sim, o que quero é o que eu sou, em grande medida. Isso compõe quem sou.
Quer ser virtuoso? Bacana, tem de buscar conhecimento de virtudes, e aplica-las na vida. Gosta de sombra e água fresca? Legal, tem o direito também, busque a sombra e água fresca. Este será você, sombra e água fresca. Talvez vá se deparar com o dilema: como sustentar a sombra e água fresca? Duas amplas possibilidades: precisa ter costas quente, em que sua família vá lhe prover esta condição e que ache bacana “chupinhar”, sugar o que foi construído por alguém, sem ter de construir nada, o que pode deixar a vida um pouco sem significado… enfim. Outro, pode ser que a sombra e a água acabem, logo vai ter que se coçar para ter mais da sombra e água fresca consumida. Pronto. Ser é o que se quer.
Acredito, como exemplo, e teria uma miríade de exemplos para escolher, mas vamos usar um só: alguém que deseja ser cristão. Dá trabalho. Sim, dá trabalho, ué?! Alguns queridos estranharam, ao ler o texto um pouco mais antigo publicado, sobre cristianismo. Porque sim, ir para o céu numa vida pós a morte, não é através de ações humanas, mas pela bondade de Deus. Eu concordo. Mas, e se experimentarmos sair em horda fazendo o que bem entendermos, sem ponderar, apenas fazer o que nos “dá na telha”? Será que vamos conseguir manter relacionamento com Deus? Eu duvidaria.
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É um bem querer, boa escolha, ser cristão. E, absolutamente não ser não é má escolha… cada um tem seu direito de escolha, assim entendo. Por consequência, cristão tem de se esforçar, se empenhar. É pecador sim, erra sim, e se viver pela fé… vai ter trabalho. Deus se interessa por nós, o tempo todo. E manter, cultivar esse relacionamento? Tenha um ótimo dia.(Foto: Freepik)
DIOGO GOMES RIZZI
Administrador, filósofo, especialista em negociação. Experiente em gestão de negócios no Brasil, América Latina e Central, Europa e Ásia. Estudioso e apreciador da literatura.
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