Em 2019, a Catedral de Notre-Dame, em Paris, foi destruída por um incêndio. Recentemente, a igreja foi reaberta. O órgão, construído por Aristide Cavaillé-Coll, em 1869, também foi atingido pelas chamas e teve de ser restaurado. No Brasil, algumas cidades têm órgãos Cavaillé-Colls: Lorena, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belém, Curitiba, Campinas, Itu e Jundiaí. O instrumento, construído em 1852, na França, chegou à Catedral Nossa Senhora do Desterro, no centro da cidade, em 1872. Com o tempo vieram os problemas em decorrência da falta de manutenção. Retirado do mezanino, o órgão foi levado para o segundo andar da igreja. Ali, ficou 15 anos esquecido, tomado pela poeira e cupins. Depois de uma campanha para arrecadar dinheiro para a restauração, o órgão de tubos voltou à ativa em novembro do ano passado.
O instrumento é uma obra de arte. Foi entalhado em carvalho e tem estilo gótico, o mesmo de Notre-Dame. Cavaillé-Colls foi um dos mais renomados construtores de órgãos do século 19 e iniciador do estilo orquestral de construção, o chamado ‘órgão sinfônico’. O legado do organeiro é tamanho que em 2012 foi lançado o documentário The Geniu of Cavaillé-Coll, para marcar o 200º aniversário de nascimento dele. Dois anos depois, o filme ganhou o prêmio de melhor documentário da BBC Music Awards.
Em Jundiaí – A campanha para revitalização do órgão começou na Novena da Padroeira de 2022. Foi elaborado um carnê com valor de R$ 50 divididos em cinco prestações. Muitos colaboraram com doações espontâneas e através do dízimo.
No mesmo ano, Thiago Debossan e Vitor Augusto Pleckaitis foram contratados para o trabalho de revitalização, que teve início em setembro. Ambos são músicos, organistas e se especializaram na arte da revitalização do instrumento justamente por irem até igrejas para tocar e perceberem a falta de manutenção adequada nos órgãos. Eles já revitalizaram órgãos no Brasil e em outros países. Na Diocese de Jundiaí, também foram os responsáveis pela revitalização do órgão da Paróquia Nossa Senhora da Candelária, em Itu.
No dia 25 de novembro de 2023, na missa solene de Cristo rei, Dom Arnaldo abençoou o órgão que estava novinho em folha, pronto para ser usado.
No dia seguinte, Dom Vicente também o abençoou. Nas duas celebrações, os cantos litúrgicos foram acompanhados pelo instrumento tocado por Thiago Debossan. O coro ficou por conta dos monges da Congregação Valombrosana da Ordem de São Bento.
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