O padre Júlio Lancellotti, conhecido pelo trabalho social com a população em situação de rua em São Paulo através da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de São Paulo, estará em Jundiaí amanhã(7) para encontro organizado pelo vereador Henrique Parra Parra Filho(PSOL). Lancellotti falará sobre o trabalho que realiza e também sobre direitos humanos. O evento terá início às 11 horas, no auditório da UniaAnchieta, na avenida Odila Azalim, 575, vila Nova Jundiainópolis. Os interessados em participar devem realizar a inscrição clicando aqui.
“Estamos honrados em convidar a população para este momento de diálogo e reflexão com uma das vozes mais importantes na luta pelos direitos humanos em nosso país. É urgente que construamos políticas públicas que acolham, cuidem e respeitem todas as vidas.”, comentou o parlamentar.
Na mira dos políticos de direita – O padre Júlio lidera a Pastoral do Povo da Rua, que oferece assistência e apoio a pessoas em situação de rua em São Paulo. É o responsável pela paróquia de São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca. Além da paróquia, o padre celebra as missas realizadas na capela da Universidade São Judas Tdeu, na mesma e exerce a função de vigário episcopal da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de São Paulo.
No início do ano passado, O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) propôs a criação de uma CPI para investigar o padre Júlio Lancellotti, que atuava na Cracolândia em São Paulo. A intenção era apurar a atuação de ONGs na região, incluindo o padre. O Papa Francisco apoio o religioso. A CPI não foi instalada, mas o vereador foi investigado por denunciação caluniosa.
Em março último, o deputado estadual Gil Diniz (PL) apresentou representação canônica contra o padre. O parlamentar, que afirma ter muitos eleitores católicos, citou em matéria publicado no site da Assembleia Legislativa, que o motivo da representação “é um vídeo amplamente divulgado em 28 de março último, que mostra o padre participando de uma cerimônia de candomblé, onde recebeu um “passe” de uma mãe de santo, com uso de folhas da Amazônia e água em pote de barro, sob invocação de Ogum (erroneamente associado a São Jorge)”.
Gil Diniz, ao mesmo tempo que consegue deixar evidente a intolerância religiosa, mostra gigantesca ignorância ao falar da Umbanda, onde o orixá Ogum é sincretizado com São Jorge. A Umbanda é uma religião brasileira, fundada em 1908 e conta com elementos do catolicismo, espiritismo, tradições indígenas e Candomblé. Antes de escrever asneiras e incitar discórdia entre praticantes dos vários credos, o deputado deveria estudar. Ou pedir para algum assessor fazê-lo por ele. (Marco Antônio Sapia/Foto: Rovena Rosa-Agência Brasil)
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