PARTIDO DO PRESIDENTE em Jundiaí continua sem comando

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O PSL de Jundiaí continua sem liderança. O partido do presidente Jair Bolsonaro na cidade não tem presidente desde pouco depois do segundo das eleições de outubro do ano passado. Até então, o bispo Iraldo Ataíde dos Santos era o comandante da legenda. Ele foi ‘deposto’ e, ao que tudo indica, nem o informaram na ocasião.

Iraldo, além de comandar o PSL na cidade, era candidato a deputado federal. Ele faria dobradinha com a empresária Andrea Seixas, que concorreu a uma cadeira na Assembleia Legislativa e não se elegeu. Porém, o bispo da Assembleia de Deus Liberdade não concorreu. Integrantes do partido dizem que um problema entre ele e o Major Olímpio(foto), que viria se eleger senador, tirou Iraldo da presidência e das eleições.

Dias depois da vitória de Bolsonaro, o Jundiaí Agora chegou a conversar com Iraldo. Ele falou como presidente do PSL. Relatou sua alegria e também falou sobre o futuro da legenda. Depois de conversar com outras fontes ligadas ao partido, o JA voltou a procurar o bispo e questioná-lo sobre a saída da presidência. Ele demonstrou surpresa. Disse que não sabia de nada, que não tinha sido avisado que não ocupava mais o cargo. Hoje, as redes sociais de Iraldo não contam com as muitas fotos dedicadas a Bolsonaro e à própria candidatura.

Desde então, sempre que integrantes do PSL são questionados sobre quem vai assumir a direção da sigla em Jundiaí, surge uma palavra invariavelmente: ‘nominatas’. No meio político, nominata é uma lista com nomes de candidatos a determinado cargo. Este documento estaria justamente nas mãos de Olímpio, que assumiu a direção do PSL estadual.

Aliás, a vida do partido em São Paulo também não anda fácil já que teve as contas de 2016 reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. O partido pretendia recorrer. Olímpio jogou a culpa na administração passada que, segundo ele, “não mandou documentos simples, como extratos bancários, para a Justiça Eleitoral”.

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Ao que parece, o nome de Olímpio não é unanimidade entre os membros do PSL paulista. Segundo a revista Exame publicou no dia 14 de fevereiro último “apesar do sucesso nas urnas, com eleição de 10 deputados federais e outros 15 estaduais, a sigla em São Paulo está vivendo dias turbulentos e divisões internas”. O racha é protagonizado pelo próprio major e pela deputado federal Joice Hasselmann. A personalidade de Olímpio e o apoio dele a Márcio França para governador estariam movendo o conflito.

No dia 8 de dezembro, Sônia Racci, do Estadão, divulgou declaração do presidente do PSL em São Paulo evidenciando que a disputa pelos diretórios também estavam acirradas. Ele afirmou que vinha sendo procurado por políticos que desejavam conduzir o partido em suas cidades. A falta de comando não afeta, portanto, apenas o PSL de Jundiaí.

A confusão contradiz o que membros da legenda informaram em novembro do ano passado, após reunião em Jaguariúna com participação de familiares de Bolsonaro, quando disseram que o objetivo, depois da vitória na eleição presidencial, era preparar o PSL para as eleições municipais. A ideia era conquistar a Prefeitura e o maior número de cadeiras na Câmara Municipal nas eleições do próximo ano.