Não bastassem as capivaras(e os carrapatos-estrelas que as acompanham), os escorpiões que estão sendo encontrados em quintais e casas de vários bairros, piranhas invadiram a represa de Jundiaí. A presença dos peixes carnívoros no reservatório não é exatamente uma novidade. Só que agora a DAE contratará uma empresa para monitorar, controlar e reduzir a população das piranhas.
Estes peixes são comuns na Amazônia e Pantanal. São considerados perigosos já que atacam individualmente e em grupo. Mas também são pescados e consumidos por humanos. Em 2011, a DAE divulgou nota informando que nunca havia colocado piranhas na represa do Jundiaí-Mirim. “Acredita-se que este tipo de peixe seja proveniente de açudes e pesqueiros, localizados ao longo do rio Jundiaí-Mirim e seus afluentes, que extravasaram durante o forte período de chuvas”.
Como as piranhas chegaram até as águas da represa continuam sendo algo que não foi esclarecido. Na internet é possível encontrar vídeo mostrando pescadores no principal reservatório de água da cidade. Eles exibem uma piranha. Num outro vídeo, publicado pelo Jornal da Região em janeiro do ano passado, um praticante de remo exibe uma piranha encontrada no Vale Azul, também no Jundiaí-Mirim. A DAE explicou que não tem como saber se as piranhas estão chegando a outros rios e lagos.
O edital sobre a contratação da empresa foi publicado no último dia 21. A vencedora será responsável pelo monitoramento população da ictiofauna, que é o conjunto de peixes de uma região. Também fará a estocagem e manejo de herbívoros, ações de controle e redução da população das piranhas na represa de captação e acumulação da DAE. A abertura dos envelopes com as ofertas das empresas interessadas está marcada para o próximo dia 19, às 9h30.
A DAE Jundiaí informou que foi realizado estudo para avaliar quais as espécies de peixes e plantas existentes na represa e se havia a necessidade de ajuste da ictiofauna, de modo a manter o equilíbrio aquático. Entre as diversas espécies encontradas, a presença de piranhas foi identificada.
“A contratação tem como objetivo restabelecer o equilíbrio da ictiofauna e aumentar a quantidade de peixes herbívoros, para controle das plantas da represa, considerando que as piranhas comem peixes que poderiam estar se alimentando das algas”, explica o texto.
Para a retirada das piranhas, serão utilizados materiais que permitam a captura. O manejo dos peixes deverá ser feito de forma sustentável. “O processo será realizado de forma cuidadosa e a longo prazo, já que se trata de água para abastecimento. Não haverá nenhum risco para a qualidade da água ou para a população. (Foto Peter Burdon/Unsplash)
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