Ainda durante a sessão, todos os vereadores do PL se mantiveram ao lado de Madson já que Zeni, do plenário, o mandou voltar para Alagoas, o estado natal do vereador. Até Quézia, que depois da eleição, criticou abertamente os três colegas de bancada, afirmou que as eleições “são águas passadas”. A promessa dos parlamentares é de que Afonso Zeni será processado por xenofobia. Na tarde de ontem, o Jundiaí Agora questionou os outros dois vereadores que votaram em Edicarlos. João Victor e Tiago não deram retorno e, portanto, não se sabe se os celulares deles também teriam um ‘ok’ de Rosa para escolherem Edicarlos. O causador de toda a polêmica, Afonso Zeni, falou que não comentaria o episódio por orientação do advogado. Adilson Rosa também foi contatado e não se pronunciou.
Ao subir na tribuna e usar o espaço destinado à população, Zeni fez uma reclamação legítima. Ele se identificou como militante do PL e agora se diz desconfiado com as futuras ações dos três vereadores. Tanto foi legítima a queixa de Afonso Zeni que em nenhum momento foi advertido pelo presidente da Casa. E nenhum dos vereadores acusados tentou interrompê-lo. Zeni só causou a revolta dos parlamentares quando atacou as origens de Madson, isto já depois de seu pronunciamento.
É preciso lembrar que ao chamar Madson, João Victor e Tiago de traidores, Afonso Zeni não estava tendo um surto, imaginando coisas. Ele foi para a tribuna com o vídeo postado por Adilson Rosa vivido na memória. Neste vídeo, com o discurso duríssimo de Quézia de fundo, Rosa – presidente do PL e falando pelo partido – chamou os parlamentares de traidores, pediu que os três “tivessem a decência de sair do partido já que não comungam dos valores do PL. Se não pedirem para sair abriremos processos disciplinares e tomaremos medidas cabíveis”, disse ele. Mais tarde descobriu-se que além de assinar a ata da reunião que definiu Quézia como candidata, todos receberam uma notificação extrajudicial para assegurar os votos para ela.
É de se imaginar que assim como Zeni, muita gente que votou ou simpatiza com o Partido Liberal, estranhou os votos dos três vereadores. O Jundiaí Agora vem acompanhando a suposta crise provocada pelos votos divergentes. Além do agendamento de uma reunião que não teria ocorrido, nenhuma informação sobre os entendimentos da bancada e Adilson Rosa foi divulgada. Até ontem, para quem está deste lado do balcão, Quézia foi traída por Madson, João Victor e Tiago. Adilson Rosa foi verborrágico no vídeo, não tomou nenhuma atitude e tudo terminou em pizza.
Não seria exagero pensar que Adilson Rosa com o vídeo seguido de um silêncio ensurdecedor, induziu Afonso Zeni ao erro, assim como todos os outros que até ontem consideravam traidores os vereadores Madson, João Victor e Tiago. Madson não divulgou o consentimento de Rosa para o voto em Edicarlos. Traição mesmo seria ele dizer – em plena sessão – que tem uma prova da concordância de Rosa, sendo que, na verdade, o presidente se recusou a consentir o voto em Edicarlos.
Da publicação do vídeo fatídico até agora, Rosa fez postagens no Facebook sobre o PIX, Donald Trump e sobre reunião com o deputado federal deputado Antônio Carlos e outras duas felicitando aniversariantes. No Instagram, ele fez as mesma publicações. Depois da primeira sessão deste ano, seria de bom tamanho o presidente do PL de Jundiaí publicar um novo vídeo explicando-se e colocando um ponto final nesta história. Afinal, foi ele quem começou.(Marco Antônio Sapia)
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