Todo mundo tem um professor ou professora guardado num cantinho especial do coração. Seja por algo que ele disse ou fez, seja pela forma que ensinou. O Jundiaí Agora conversou com vários moradores da cidade e eles relembram os mestres inesquecíveis de suas vidas:


Eusébio Pereira dos Santos, do Instituto Envelhecer(IE), entidade que cuida das reformas da Estaçãozinha em Jundiaí, lembra com carinho de Penha Xisto(na foto acima com ele). Penha foi a professora do primeiro ano, “numa época de extrema dificuldade”. A família de Eusébio tinha se mudado para para Itanhaém, no litoral. “Não tínhamos o que comer. A dona Penha pedia para eu sair mais cedo da escola para ir buscar algumas verduras que minha avó plantava no quintal. Quando eu chegava na casa da professora, ela sempre dava um saquinho com lanche para mim e um outro para eu levar para a minha irmã”, relembra.
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Para a ex-vereadora e radialista Ana Tonelli, a professora que a marcou foi Clotilde Mazzali Bollini. Ana teve aula com ela no primeiro ano do então Grupo Escolar Coronel Siqueira de Morais, no centro da cidade(hoje pinacoteca). “Na época, minha mãe era empregada doméstica dela. Então, quando acontecia alguma coisa na escola, mamãe ficava sabendo antes de eu chegar em casa. A professora contava tudo! Aí, a bronca – e as vezes algumas palmadas – chegavam junto comigo. Depois, com orgulho, enquanto vereadora, denominei a escola do jardim Pacaembu com o nome da dona Clotilde”, conta a ex-parlamentar. A foto acima, da escola quando ainda se chamava Grupo Escolar(GE) do Pacaembu, é dos anos 1970. O autor é desconhecido.
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O publicitário José Mauro Lorencini afirma que o professor que ficou na memória foi Luigi Nevianni, na Escola Panamericana de Arte. “Ele era um ex-soldado italiano que ficou num campo de concentração alemão na Segunda Guerra Mundial. Um artista espetacular que trabalhou na Editora Abril. Ele desenhava gibis. Juntamente com Nico Rosso, outro italiano, desenharam centenas de revistinhas de terror, aventuras e faroeste nas décadas de 50, 60 e 70. Começou a dar aula na Panamericana. Tive o privilegio de ser aluno dele. Luigi contou muitas histórias que passou no campo de concentração. Disse que mesmo preso tinha uma enorme necessidade de pintar e como não tinha material, usava pedaços de roupas como tela. Ele fazia pincéis com fios de cabelo e a tinta era graxa de sapato. Foi um grande artista que deixou saudade”, diz Lorencini.
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O prefeito Gustavo Martinelli contou que teve a trajetória política iniciada na escola Professora Joceny Villela Curado, na vila Comercial. “A foto acima foi tirada no dia da convenção municipal, em julho do ano passado, quando me tornei oficialmente candidato a prefeito. Os mesmos professores que estiveram comigo lá atrás levaram essa faixa. A Patrícia Fagnani (primeira à esquerda), coordenadora da escola Doutor Rafael Mauro, foi quem me convidou para participar do Grêmio Estudantil. Foi ali que tudo começou: rádio, jornal, torneios, interclasses e as primeiras reivindicações por melhorias na escola. Assim como o professor José Luiz (à esqueda), de Ciências. A professora Odenia Delfini (à direita), vice-diretora, também faz parte dessa trajetória na escola Joceny Villela Curado. Ela acompanhou de perto todo o movimento por justiça e transparência e esteve presente durante a campanha “Trânsito em Transe”. Na foto, também aparecem colegas de turma de Martinelli. “De lá pra cá, o aprendizado não parou. A educação foi a base que me permitiu subir cada degrau. E tenho muito orgulho de ter ao meu lado, desde o início, professores que me incentivaram e acreditaram no meu potencial. O meu muito obrigado e a minha gratidão a todos os professores que inspiram, ensinam e transformam vidas todos os dias”, conclui o prefeito.
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O professor que marcou a vida da delegada Fátima Giassetti foi Paulo Sergio Fernandes de Oliveira(foto acima). “Ele foi meu professor de Direito Civil no quarto ano da Fadipa”, conta. Depois do curso, Fátima e Paulo se casaram. “Estivemos juntos por mais de 20 anos, até a morte dele. Aprendi com o Paulo não só Direito Civil. Ele me ensinou muito sobre a vida, retidão, caráter e muito mais….”. Fátima foi a responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher(DDM) de Jundiaí por duas décadas. Paulo Sérgio era desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
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A professora que marcou a vida do advogado Carlos Togni foi a irmã São Luiz, da Escola Paroquial Francisco Telles. Em 1962, Togni tinha cinco anos e estava na classe de pré-primário da irmã. “Foi marcante por ser a minha primeira professora. Ela me alfabetizou e me deu os primeiros passos na religião”, lembra.
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“Na faculdade de Direito da PUC Campinas, no final da década de 1990, tive aula com o dr. José Henrique Rodrigues Torres. Hoje é desembargador do Tribunal de Justiça do Estado. Mas, naquela época, era juiz e ensinava com paixão. Ele ensinava como pensar e de qual forma aplicar o direito na prática. Foi uma verdadeira implementação de filosofia de raciocínio que poderia se aplicar não somente àquela matéria específica, mas a tudo. Foi realmente um grande professor. Acho que muitos colegas da época compartilham desta minha opinião e impressão”, afirma o advogado Gustavo Martinelli Panizza.(Foto: Portal STF)
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O pesquisador, historiador e filósofo José Felício Ribeiro de Cezare afirma que o professor que mais marcou a vida dele foi o professor Xavier. “Não sei o primeiro nome e ele não era careca. Lecionava Língua Portuguesa e foi primordial na compreensão do que era leitura, do que era o mundo da literatura, quando cursei a antiga sexta série, no que chamávamos de Escola Estadual de Professor Rubens Moreira da Rocha, em Santo André”.
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“Tenho orgulho de falar sobre este professor, principalmente porque ele está bem vivo, trabalhando e é um ícone da cultura da cidade: Élvio Santiago(foto acima). Nos anos 1970, eu fazia a quinta série no prédio do Cecília Rollenberg, na vila Rio Branco. Até o quarto ano primário era Cecília Rollenberg. Da quinta em diante, funcionava a escola Adoniro Ladero funcionava no mesmo prédio. Tive aula com professores maravilhosos como como o maestro Luiz Biela de Sousa, o professor Serginho Zavan, a Marília… Mas, um professor que me marcou demais, inclusive para mim na docência, é o mestre Élvio. Ele se aposentou como professor de educação artística e desenho, lecionou em Jundiaí para milhares de estudantes. Ele é pioneiro na pintura em muros e calçadas de escolas, algo muito comum hoje. Mas, durante a ditadura, os alunos eram proibidos de sair da sala de aula para fazer atividades ao ar livre. E ele enfrentou tudo isso. Levou a gente para pintar as calçadas e muros. Um dedo-duro o denunciou e ele teve de prestar depoimento no Dops. O Élvio sempre falava para a gente que a liberdade era o nosso bem mais precioso. Eu não entendia muito bem isso, porque a gente era criança, não sabia muito o que estava acontecendo no país”, conta o professor Maurício Ferreira, diretor de Museus da Prefeitura de Jundiaí.
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“Lembro-me de vários professores do antigo curso ginasial, especialmente do professor Osvaldo Salles. Ele ministrava aulas de Latim, no Ginásio Estadual de Rinópolis, na década de 1960. Ele me presenteou com o Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa que me foi muito útil”, relembra o economista Gildo Cantelli.
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A jornalista Cíntia Souza lembra que “desde a primeira aula da professora Ciça Toledo, na PUC Campinas, algo em mim despertou. A forma como ela se apresentava, sua postura, elegância e, principalmente, a paixão com que falava sobre a Assessoria de Imprensa, me marcaram profundamente”. Cíntia prossegue: “Naquele momento, eu ainda não imaginava o quanto suas palavras e seu exemplo me guiariam na construção da minha trajetória profissional. Hoje, atuo justamente nesta área, que me realiza, me desafia, me permite conhecer pessoas incríveis e colecionar experiências que me tornaram nesta profissional. Gratidão, professora Ciça(foto acima), por ser uma inspiração real. Por mostrar, com seu exemplo, que a comunicação é muito mais do que técnica, é propósito, conexão e presença”.
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A professora que mais marcou a vida da consultora de moda do Jundiaí Agora, Michelle Marie foi a dona Fátima, que tive no pré-primário na Escola Paroquial Francisco Telles, em 1986. “Como a minha primeira professora do jardim, no meu ponto de vista infantil, era brava e sem muita paciência. Mas, ela era paciente, carinhosa e amorosa. O mais legal é que, alguns anos depois, tivemos uma festa dos alunos da Paroquial e ela foi(foto ao lado). Linda e amorosa como sempre, e com uma memória incrível. A dona Fátima lembrou de cada um dos seus alunos”.
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O fotógrafo Mário Sérgio Esteves lembra com carinho do professor Ulisses Nutti Moreira(foto acima). “Foi através dele tive contato e experiência com o teatro, na Escola Professor Luiz Rosa”, diz.
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