Há uma piada recorrente em períodos eleitorais que, com a complacência dos leitores, vou aqui repetir: Um político morre e ao chegar diante de Deus lhe são oferecidas as opções de visitar o inferno e o céu antes de escolher onde gostaria de ficar. Assim preferiu visitar antes o inferno e tomou o elevador para baixo. Lá encontrou muita alegria, velhos amigos, mesa farta e boa companhia. Em seguida subiu para o céu onde viu muita paz, grama bem aparada, mas nada de mesa farta e velhos amigos. Assim achou melhor escolher o inferno. Desceu e quando a porta do elevador se fechou em definitivo não encontrou nada do que havia visto antes, só desolação e tristeza e ainda tomou uma chibatada do diabo. Quando foi reclamar descobriu o que havia visto eram só promessas de campanha. Agora que havia feito sua escolha era tarde demais.
Tenho um ex-aluno e bom amigo que acompanhou inúmeras campanhas eleitorais em nossa região e que dizia que as pessoas gostavam de ser enganadas. Gostavam de ver o candidato subir no palanque e dizer que iria asfaltar ruas, construir viadutos, escolas e hospitais; que iria arrumar empregos e aumentar salários. Uma vez eleito com essas promessas tinha duas alternativas: não fazer nada do que anunciara esperando que “os que gostam de ser enganados” tivessem péssima memória, pois constatava que a realidade do erário não comportava grandes ações, ou, muito pior, gastava o que não tinha e comprometia a municipalidade desastrosamente por um longo período.
Acho que hoje estes políticos que só fazem promessas não se elegem mais. O eleitorado sabe reconhecê-los e sabe que um bom dirigente, qualquer que seja a esfera, municipal estadual ou federal, tem que ter os pés no chão e fazer a gestão com cuidado e muito critério, mesmo que isto desagrade alguns setores. É fundamental ter experiência e conhecimento e muitas coisas para mostrar, acompanhando gestões bem sucedidas com propostas exequíveis e duradoras. Não há mais espaço para demagogias inconsequentes.
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Nós vivemos aqui e a municipalidade nos afeta diretamente. Muitos são os dados disponíveis para orientar as escolhas do eleitor indicando as avaliações, especialmente externas, obtidas pela cidade e pela sua administração nos últimos tempos. Quando são positivos nos ajudam a identificar os candidatos comprometidos com a boa gestão e o desenvolvimento do qual todos nos beneficiamos. Não é difícil escolher bem é só prestar muita atenção nas propostas de cada candidato e na realidade nas quais se baseiam. Nossa cidade merece ser bem gerida e preservar tudo aquilo que conquistou nos últimos anos.(Foto: Heber Vazquez/Pexels)
FERNANDO LEME DO PRADO
É educador
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