A Polícia Federal faz uma operação nesta manhã em Campo Limpo Paulista para investigar suposta propina paga pela Odebrecht para o senador Romero Jucá (MDB-RR). Segundo o site G1, em troca Jucá aprovou, em 2012, uma resolução no Senado que restringia a chamada “guerra fiscal nos portos”. Além de Campo Limpo, outros oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Sete em São Paulo e um em Santos. Não há informações específicas sobre a ação em Campo Limpo Paulista.
Ainda segundo o G1, Jucá, no entanto, não é alvo direto da ação desta quinta, chamada de Armistício. A operação faz parte de um inquérito, já aberto no Supremo, no qual o senador é investigado. Os alvos desta quinta, mantidos sob sigilo, são pessoas que teriam se beneficiado da resolução aprovada no Senado.
De acordo com a PF, o senador teria recebido ilegalmente R$ 4 milhões da Odebrecht. No entanto, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, disse em depoimento que os repasses ao Jucá somam R$15 a R$16 milhões. Cláudio afirmou que Jucá era o político com o qual tinha maior relacionamento. “Ele tinha atenção pela empresa, e resolvia os assuntos”. O G1 tenta contato com Jucá.
Ao comentar as delações, no ano passado, Jucá disse que sempre atuou dentro da legislação. “Sempre estive e sempre estarei à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas.” Além de Jucá, no inquérito são investigados o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Gim Argello. A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ordem para a execução das medidas foi dada pelo relator do caso no STF, o ministro Edson Fachin, informou o G1.
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