No SÉCULO PASSADO, tomar vacina era para os fortes

SÉCULO PASSADO

Pelo título já perceberam que vou falar do século passado, quando ninguém, mas ninguém mesmo faltava da campanha de vacinação no Brasil. Era uma obrigação cívica. Lembrei disso nestes últimos dias, por causa da pandemia de coronavírus. Na minha época de criança, mãe que não levava o filho para vacinar era desnaturada e na mídia (TV, jornais, rádios, revistas) o governo mantinha uma propaganda intensa, de incentivo à imunização. Hoje, não vemos mais isso, parece que a vacina perdeu sua força.

Tenho uma lembrança muito marcante de vacinação da minha infância. Filas imensas de crianças que se formavam para tomar as doses. As campanhas nacionais de imunização eram um verdadeiro acontecimento e eu nunca faltei de nenhuma, minha mãe não deixava. “Não dói nada”, ela dizia. Só eu sei. Tenho até hoje marcas das vacinas nos dois braços.

Lá pelos idos das décadas de 70 e 80, a criançada morria de medo, pois a vacina era aplicada por meio de um “revólver”, que só de olhar já fazia a gente tremer o joelho. O enfermeiro mirava no braço, apontava o aparelho e de dentro saía um jato com a vacina. Doía sim, e depois a gente ficava mostrando a marquinha como se fosse um troféu para os amigos. Se virasse uma ferida, melhor, era vacina válida. Por azar, quando a gente brincava sempre batia com o braço vacinado… ai minha vacina!

Numa das muitas campanhas das quais participei, a vacinação aconteceu na escola. Meu Deus, foi um alvoroço entre a criançada. Quando os enfermeiros chegaram na minha classe, um a um dos alunos foram levando os disparos do revólver no braço. Antes de mim, uma das alunas acabou desmaiando (acho que de nervoso ou fome, quem sabe) e aí foi pavor geral. Coisas que só entende quem viveu isto no século passado…

Com essa pandemia do coronavírus, não me importaria nem um pouco de levar um disparo no braço com a vacina contra o covid-19. Percebo como isso é importante para erradicar doenças. A varíola, por exemplo, matou meio bilhão de pessoas em todo o mundo (segundo a OMS), mas hoje essa moléstia não existe mais graças a vacina. A paralisia infantil idem, foi erradicada no Brasil em 1994 e já está em vias de desaparecer no mundo.

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Mesmo assim, recentemente surgiu uma corrente anti-vacina no Brasil e algumas mães e pais deixaram de imunizar seus filhos com medo de possíveis reações. Sinceramente, eu ainda continuo acreditando no poder das vacinas, ainda mais agora, nesta pandemia. Com certeza, torcer pelo surgimento de uma vacina contra o coronavírus é o que nos restas e, quem sabe, quando ela surgir, em breve essa doença não se transforme apenas numa triste lembrança.(Foto: acervo professor Maurício Ferreira)

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