Os vereadores de Jundiaí aprovaram, no final da manhã desta terça-feira(8), a volta das sessões noturnas. Os parlamentares que votaram favoravelmente: Mariana Janeiro, Paulo Sérgio Martins, Romildo Antônio, Henrique Parra Parra Filho, Dika Xique Xique, Juninho Adilson, João Victor, Carla Basílio, Cristiano Lopes, Kachan Jr, Edicarlos Vieira, Zé Dias e Daniel Lemos. Os votos contrários foram de Madson Henrique, Leandro Basson, Rodrigo Albino, Faouaz Taha, Quézia de Lucca. Tiago da El Elion não votou. Os trabalhos nas noites das terças-feiras serão retomados no próximo mês. A votação foi tensa, com várias interrupções devido manifestações do público, inclusive com discussões com parlamentares. O vereador Leandro Basson, por exemplo, foi chamado de ‘vagabundo’.
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Em geral, os parlamentares contrários ao projeto alegaram o aumento de custos, o bem-estar dos funcionários da Câmara que não foram contratados para trabalhar à noite e, principalmente, a ausência de público quando as sessões eram noturnas, assim como já ocorreu em várias audiências públicas. Alguns vereadores afirmaram que este tema é uma ‘pauta ideológica da esquerda’.
Sobre os funcionários, Kachan Jr disse que um funcionário disse que ele votou contra os servidores da Casa. “Isto é injusto com os 13 vereadores que votarão a favor. Não somos contrários aos funcionários. Houve diálogo e foi informado que não existe servidor contratado para trabalhar em determinado horário”. Paulo Sérgio Martins e considerou a votação uma vitória. “Sou funcionário público e não tenho horário de trabalho. Aqui, haverá um rodízio”, comentou. Ele também elogiou a cobertura do Jundiaí Agora.
Antes da votação – O vereador Tiago da El Elion chegou a pedir o adiamento da votação para que os colegas estudassem melhor a proposta. O requerimento dele foi negado por 11 votos. Na sequência, Rodrigo Albino subiu na tribuna e pediu para a Guarda Municipal retirar uma pessoa que estava no plenário que o teria chamado de ‘fascista’. Foi o suficiente para que o público em geral passasse a gritar a mesma palavra para o parlamentar. A sessão foi suspensa por alguns minutos. Albino sugeriu que no primeiro semestre deste ano seja nas manhãs de terças. No segundo, à noite. Ele também afirmou que nos dias dos trabalhos noturnos a tarifa de ônibus não deverá ser cobrada. Vereadores favoráveis às sessões noturnas também discursaram e refutaram o argumento de aumento exorbitante de custos.
De acordo com o texto aprovado, os trabalhos começarão às 16 horas, com a realização da Tribuna Livre e do Grande Expediente, quando os vereadores falam sobre assuntos variados. As votações começarão às 18 horas, o que permitirá o comparecimento em massa da população, acreditam os parlamentares que defendem a proposta. O término dos trabalhos ocorrerá às 22 horas. Segundo tabela divulgada pelos parlamentares favoráveis às sessões noturnas, o custo delas representa 0,0015625% do orçamento da Câmara para este ano.
Histórico – A discussão sobre a mudança de horário foi retomada em meados de 2023. As sessões passaram para as manhãs de terças durante a pandemia de Covid e foram mantidas neste período sob o argumento de redução de custos: durante a noite há necessidade de pagamento de horas extras para funcionários do Legislativo e a conta de energia elétrica fica mais cara. A maioria dos vereadores da legislatura passada deu com os ombros para quem pedia a volta das sessões noturnas. No início de novembro, um grupo de vereadores apresentou projeto para que os trabalhos começassem às 18h30. O projeto não foi votado e o assunto ficou para este ano. Um abaixo-assinado virtual foi criado para pressionar o Legislativo a realizar a alteração. Em fevereiro último, o vereador Romildo Antônio anunciou que tinha conseguido o número de assinaturas suficiente para apresentar um projeto.
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