Bem vindos ao clube, irmã(ão)! Quem nunca recebeu um par de chifres não sabe o que é se decepcionar com uma relação.
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Tendências Digitales em 2010, 70,6% dos homens e 56,4% das mulheres no Brasil declararam já terem traído ao menos uma vez na vida (de lá pra cá, esse número deve ter subido substancialmente com a proliferação de sites de encontros).
Embora sem nenhum rigor científico, é um dado raro colhido e devido à alta frequência da “pulada de cerca”, demonstra que poucas pessoas escaparam ilesas da traição numa relação.
Também já passei por isso, justo com o meu primeiro namorado. Foi decepcionante, mas, não desisti. Segui firme procurando pelo meu par perfeito. Se ocorreu novamente, não sei dizer, os outros namorados me pouparam da decepção.
Mas, e se esses chifres forem literais, os verdadeiros, como os de um boi, um bode ou uma ovelha?
Esse tema me inspirou quando li a matéria sobre uma senhora chinesa de 86 anos, conhecida como “A Senhora Unicórnio”.
Primeiramente, é necessário distinguir: é corno ou chifre?
O que chamamos de chifre, na verdade, é corno.
Ambos são apêndices cranianos, derivados do osso frontal, mas somente os chifres costumam ser ramificados. Os cornos são recobertos por queratina e crescem continuamente durante a vida do animal.Já, os chifres possuem uma camada de pele macia, denominada veludo e são trocados anualmente.
Tanto os chifres (comuns nos cervídeos) quanto os cornos são encontrados em animais ungulados (que possuem casco).
E quando aparecem em seres humanos? Do que são feitos?
Na maioria das vezes, trata-se de um tumor de pele queratinizado que pode ter aparência de corno, madeira ou coral. Normalmente, é pequeno, mas pode crescer rapidamente (ou lentamente) alcançando vários centímetros de comprimento.
Uma cirurgia é capaz de resolver o problema, embora o reaparecimento seja possível. Poucos casos tornam-se perigosos para o portador.
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Alguns especialistas associam seu aparecimento ao excesso de exposição solar, por isso os casos se apresentem sempre na região da cabeça ou pescoço, podendo, também,manter correlação com o vírus do papiloma humano tipo 2 (HPV-2).
Apesar de conferir uma aparência maligna, os portadores nada têm de parentesco com o demônio, inclusive, um cantor (omitirei o nome para não divulgar tal aberração) implantou dois cornos no topo da cabeça. Disse para os jornais que era para ser reconhecido e ficar famoso.
Não sei a sua opinião, mas eu defendo a seguinte tese: quando se é chifrudo, é melhor guardar segredo e, se a vida lhe conceder um chifre ou corno, amenize, faça um instrumento para aboiar gado.
ELAINE FRANCESCONI
Bacharel em Zootecnia (UNESP Botucatu). Licenciatura em Biologia (Claretiano Campinas). Mestrado (USP Piracicaba) e doutorado (UNICAMP Campinas) em Fisiologia Humana. Professora Universitária e escritora.
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