O ator jundiaiense Toni Lopes foi o garoto-propaganda Bamerindus por 11 anos. Os comerciais o transformaram numa celebridade. Gordo, barbudo, careca, bonachão, sempre de terno e gravata, Toni transmitia confiabilidade. Fez mais de 70 filmes que sempre terminavam com o bordão “…esse Bamerindus”. Toni morreu em 2003.
Antônio Lopes de Oliveira Neto – Toni Lopes – atuava desde os 15 anos. No cinema participou do curta-metragem Aurora(1986). Indicado pelo diretor Andrés Bukowinski, que o conheceu como figurante de um comercial da Mesbla, Toni virou garoto-propaganda do Bamerindus em 1987. O primeiro trabalho foi o comercial da “Conta Remunerada”, produto considerado inovador na época(vídeo acima). Em 1989 participou do curta Dov’e Meneghetti?. No mesmo ano viveu Pipão Aggottani na minisérie Colônia Cecília, da Bandeirantes.

Sobre Dov’e Meneghetti(foto acima), a produção de 1989 foi escolhida como um dos 100 melhores curtas brasileiros de todos os tempos, segundo o JundiAqui de 25 de maio de 2019. A direção e roteiro foi de Beto Brant. Carla Candiotto foi a assistente de produção. Eles também são de Jundiaí. No curta, Toni Lopes viveu um delegado que tentava prender um ladrão de joias, Gino Amleto Meneghetti, especializado em fugas pelos telhados.
O ator de Jundiaí era para o Bamerindus o que Carlos Moreno representava para a Bombril. Os dois conseguiam fazer o telespectador parar o que estava fazendo para assistir os comerciais . Na época de ouro da publicidade brasileira, os dois eram retorno assegurado para as marcas. Inclusive, em 1990, Toni Lopes fez um comercial para a palha de aço. Com o jeitão de gerente de banco falou sobre as qualidades do produto(acima).
A fórmula que deu vida aos garotos-propagadas não foi inventada pelo Bamerindus ou pela Bombril. Esta maneira de vender vem dos primórdios da televisão. A forma como os atores se dirigiam ao telespectador, contudo, mudou drasticamente com Toni e Carlos Moreno. Antes o produto era descrito, falava-se de suas qualidades, dizia-se onde poderia ser comprado. Muitas vezes até o preço era informado. Os comerciais do Bamerindus e também da Bombril buscavam criar um vínculo emocional com o público. Toni e Moreno faziam rir e até chorar. Quer uma prova? Veja acima o comercial do ator jundiaiense para o Dia das Mães e tente não se emocionar.

Nos anos de comerciais do banco, Toni contracenou com a atriz Iara Jamra(foto acima), de Selva de Pedra, Tieta, Hilda Furacão, Zorra Total e do inesquecível Castelo Rá-Tim-Bum, da Cultura. Ele também dividiu a telinha com Chico Bento(abaixo), da turma da Mônica.

Com o fim do Bamerindus, incorporado pelo HSBC em 1997, a imagem de Toni permaneceu tão associada ao bom relacionamento entre clientes e banco que foi contratado para as campanhas do Banco do Brasil, para o qual fez fez comerciais até 1998. Na época, a mudança causou polêmica e rendeu matéria na Folha de São Paulo. Toni Lopes afirmou que era garoto-propaganda para poder se dedicar a espetáculos menos comerciais.
O convite para estrelar as campanhas do Banco do Brasil partiu da DNA Propaganda. Na ocasião a publicitária Silvana Coelho afirmou que o ator de Jundiaí “tinha recall junto ao público pela simpatia e credibilidade”. Quanto a mudar para uma marca do mesmo segmentos, ela disse que Toni “também tem o direito de mudar, como qualquer pessoa”.
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