Algumas vezes imaginamos que o principio básico da vida, é ser uma boa pessoa, fazer com que todos fiquem bem conosco e que devemos nos encaixar aos comportamentos e lugares para que as pessoas possam nos amar.
Quando se é jovem, essas necessidades parecem ser as mais importantes. E de fato, quando analisamos o comportamento de crianças e adolescentes, notamos que muitos possuem os mesmos trejeitos, falas, posturas, que podem ser ligados, a uma preferência musical, um artista e assim, por conseguinte. Conforme vamos amadurecendo, começamos a entender e a notar que muitas ideias perdem o sentido, as bases que antes eram importantes, passam por uma transformação e novas percepções começam a ganhar sentido, além de novos comportamentos.
Curiosamente, os princípios básicos da vida são os fatores determinantes para o sucesso e o fracasso das nossas relações. São eles que nos acompanham até o final dos nossos dias e por mais que não imaginemos, essas primeiras relações de infância e adolescência, influenciarão diretamente nesses princípios. Estão ligados intrinsecamente em nossas vidas, na nossa ancestralidade e está no nosso dia a dia, dentro do nosso sistema de crenças.
Uma observação pertinente: o princípio básico da vida, precisa e começa por nós! Talvez por isso, só notemos a sua real necessidade, quando somos mais maduros e com outras percepções do mundo. Dentro desses princípios, encontramos as ordens do amor.
O princípio do pertencimento é extrema importância, pois, nele aprendemos que todos os seres são pertencentes e merecem o seu lugar. Quando algo acontece, que lhe é arrancando esse direito, todo o sistema sofre uma desordem, que acarretará em consequências futuras.
Um outro princípio, é o da hierarquia. Onde as posições precisam ser respeitadas, para que todos possam existir, como em um jogo de xadrez, uma rainha, precisa ocupar a sua casa e seu poder para vencer definir a estratégia do jogo. É necessário respeitar o espaço de quem veio antes, que contribuiu para que tudo estivesse no lugar, quando você chegou. Um exemplo, é a hierarquia de pais, avós, chefes, tempo de contribuição em uma empresa;
Um dos princípios que mais precisamos nos atentar, e que hoje em dia perdeu o real sentido, é o princípio entre o dar e receber, ou o “dar e tomar”. Receber é um ato passivo, enquanto o tomar, gera a ação, movimento. Quando recebemos algo, no nosso inconsciente, temos o sentimento de que estamos em débito com a pessoa. Alguns conhecem como o gatilho da reciprocidade. Hoje a grande maioria das relações, esquecem que esse principio básico é o que constrói os verdadeiros laços, e conexões entre as pessoas. Em muitos casos, a pessoa acaba se doando demais, enquanto, quem recebe em excesso, vai embora. Neste movimento é necessário equilíbrio e respeito.
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Quando analisamos os princípios básicos da vida, conseguimos entender o real sentido nas nossas relações e independente da esfera que estamos envolvidos, aprendemos a nos conectar melhor conosco e com as pessoas. Muito mais do que as relações entre casais, as nossas relações diárias, estão todas submetidas a esses princípios, e à medida que temos a verdadeira percepção e respeitamos: pertencimento, hierarquia e dar e tomar, entramos em harmonia com as ordens do amor e princípios da vida e desfrutamos com mais prazer nossas relações.(Foto: Daria Obymaha/Pexels)
ROBERTA TEIXEIRA PERES
Gestora, terapeuta holística, especialista em desenvolvimento humano, Eneagrama. pós-graduada em neuromarketing e PNL Aplicada em gestão de pessoas.
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