O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, prestou depoimento no Supremo Tribunal Federal, na última terça-feira, onde foi indiciado por tentativa de golpe para se manter no poder, impedindo a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O fato já foi amplamente divulgado pela imprensa e pelas redes sociais e muitos comentários foram feitos nas ruas, nas esquinas, mas vale uma breve reflexão sobre o que o homem sempre disse em agir dentro das quatro linhas da Constituição.
Em seu depoimento, Bolsonaro admitiu que chegou a avaliar a possibilidade de se manter no poder, mas sempre agindo dentro das quatro linhas da Constituição. E, dentro destas quatro linhas, a coisa mais triste que disse foi pedir desculpas a Alexandre de Moraes depois de tê-lo chamado de “canalha”. Sem comentar que chegou a convidar o ministro para seu vice, nas eleições de 2026, e Alexandre, astutamente, declinou o convite. Só faltou o ministro dizer que o ex-presidente está inelegível e que pode estar preso quando ocorrerem as eleições.
Bolsonaro admitiu estudos sobre a possibilidade de continuar no poder. Afirmou também que são malucos os que querem intervenção militar no Brasil. Mas a maioria dos indiciados pelo STF, na tentativa de golpe são militares…
Lamentável o pedido de desculpas a Moraes sobre a acusação que fez, sem provas, como sempre, de que ministros teriam recebido milhões de dólares em 2022. Foram inúmeras as frases sem lógica de Bolsonaro durante o depoimento. Mas a história não para no dia 10 de junho. Uma semana depois do depoimento, novas investigações continuam ocorrendo, novos prazos e, segundo juristas, a história deve estar concluída em outubro deste ano, com a decretação de prisão de Jair Bolsonaro, o Messias!
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No mais, o Governo Lula continua patinando na administração do país. Fernando Haddad está jogando suas últimas cartas na mesa para tentar se manter ministro e ser o eventual candidato do PT para as eleições do próximo ano, apesar de as pesquisas mostrarem que Lula pode sair vitorioso. O partido analisa, principalmente a idade dele e o desgaste de seu governo, em seu terceiro mandato. Já disse aqui que este governo demora muito para tomar decisões e responder às acusações da oposição.
Por falar em oposição, a direita bolsonarista já tenta afastar o deputado Nikolas Ferreira do grupo principal do partido. Para os aliados de Jair, Nikolas seria uma ameaça nas eleições do próximo ano, como Bolsonaro chegou a dizer de Carla Zambelli, afirmando que ela foi a responsável por sua derrota em 2022.

NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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