Gilmar Mendes x Barroso: uma justiça que BATE-BOCA

Independente do julgamento do Habeas Corpus de Lula, em julgamento nesta quinta-feira no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o que merece uma reflexão mais ampla é o debate, com ofensas, bate-boca, entre dois ministros da corte: Gilmar Mendes e Luis Barroso. O primeiro citado aqui e que será alvo de protestos em Jundiaí e será malhado como Judas tem se mostrado protetor de alguns marginais condenados e que estão – ou deveriam estar – presos. Fora a atitude destes dois ministros, o que deve preocupar a Nação é nas mãos de quem está nossa Justiça. Justiça?

Além de a Justiça ser lenta e haver muitas “portas” para se recorrer depois de o resultado de um processo, ficamos sem ter a certeza de que o resultado final do julgamento é o ideal. Claro que somos humanos e sujeitos a erros em nossas decisões e posturas, mas a corte suprema da Justiça não deveria conter decisões confusas ou complicadas. Como confiar nos ministros do Supremo quando Gilmar Mendes insinua que Luis Barros continua atendendo em seu escritório de advocacia? Claro que Barroso garantiu à presidente do STF, Carmen Lúcia, que não atua no escritório!

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Mas acima de tudo, quem assistiu na televisão ou na internet o debate entre os dois juízes que têm estudos e ganham muito bem para fazer o que fazem, fica um ar de preocupação quando Barroso, olhando nos olhos de Mendes afirmou que “você é uma mistura de mal com o atraso e pitadas de psicopatia”. A vergonha de ver um debate de baixo nível entre homens que representam a Justiça brasileira só não foi mais longo, porque Carmen Lúcia suspendeu a sessão.

Triste polêmica de um país com mais leis do que necessário. Triste país onde muito legislador age em causa própria. Triste país que não mostra uma luz no fim do túnel. Pobre povo brasileiro que assiste a baixarias entre ministros da suprema corte brasileira, sem perspectiva de melhorar a situação de todos nós!  (Ilustração acima: brasillimpeza.blogspot.com.br)


NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com