O tempo, vilão disfarçado de bom moço na máxima “Nada como o passar do tempo…”, desfila na passarela de suas ilusões, fantasiado de situações, que você nem sempre pode escolher. Decida o que não cabe mais em sua vida, e ele, tempo, arrastará, latente, o que você julgava extinto. Decida, agora, por levar o que te apraz, e ele rodará engrenagens esmagadoras de urgências inevitáveis.
Ele não passa… você é quem passa por ele.
E, se você passa ansioso por viver intensamente, ele agiganta-se no ringue da vida, e te faz, nocauteado, ver o mundo na vertical.
Se você passa sereno, ele te revela cenários sombrios da fila que entraste ao nascer.
Julga-se o pai da sapiência. Não é. Esta é filha da vida.
A vida não deveria ter nenhuma relação com o tempo. O tempo e a vida não casam. Incompatibilidade total de atribuições em duvidosos conceitos de espaço.
OUTROS TEXTOS DE ROSITA VERAS
A analogia perfeita desses conceitos, vida e tempo, um ziguezaguear na corda bamba do picadeiro, bem debaixo da lona dos nossos sonhos.
Mas o ideal é selar a paz com o tempo, este senhor que, inutilmente, tenta estabelecer idéias de presente, passado e futuro, quando só o que há, é a vida… no que tudo tange… o agora…(Foto: Caleb Oquendo/Pexels/crônica orignalmente publicada em 21 de janeiro deste ano)
ROSITA VERAS
É escritora, ghostwriter e articulista
VEJA TAMBÉM
PUBLICIDADE LEGAL É NO JUNDIAÍ AGORA
ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES