Num primeiro momento, pelo título “Ainda Estou Aqui”, o assunto parece ser cultural, mas diante das reações, acaba virando político! Interessante ver as reações, principalmente da chamada direita radical que continua insistindo no 8 de janeiro como o dia do patriota. Não dá nem para colocar entre parênteses porque é algo ridículo dizer que um dia 8 de janeiro de 2023 seja uma ação patriota, se houve depredações, destruições ou para resumir: uma ação terrorista. Assim, se chamássemos o dia 8 de janeiro como “Dia do Terrorista” ficaria muito mais claro.
Mas o assunto, na verdade, gira em torno do prêmio que Fernanda Torres(foto) recebeu semana passada, como melhor atriz de drama no Globo de Ouro. Vale lembrar que, com ela, concorreram, nada mais, nada menos, do que Nicole Kidman, Angelina Julie, Kate Winslet e Tilda Swinston. Uma verdadeira conquista do cinema brasileiro, mas… os direitistas radicais insistem em dizer que o prêmio foi criado pela Rede Globo, que um dia Bolsonaro chamou de “Globo Lixo” e virou chavão dos seguidores. Mas, o prêmio foi criado em 1944 pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood e o evento é realizado desde 1961 em Los Angeles. Claro, lógico e evidente, nada a ver com a Rede Globo que Bolsonaro diz ser lixo, mas que ele assiste e seus seguidores também…
As redes sociais mostraram, além disso um total desconhecimento sobre cultura de parte da direita. Para alguns, o filme foi realizado com recursos da Lei Rouanet, sempre criticada pelos bolsonaristas, simplesmente por criticar… Diziam também que o prêmio foi marmelada, porque o diretor Walter Salles tem muito dinheiro. Nem vale comentar este detalhe! Lógico que a Globoplay fez seu primeiro filme original em “Ainda Estou Aqui”, mas não justifica Jair tentar envolver a Globo no Globo de Ouro.
Enfim, ainda falta muita cultura para esta parte do povo brasileiro. Artista, para muitos, ganham dinheiro do Governo com a Lei Rouanet e vivem no “bem-bom!”, sem saber o valor que é pago a quem tem direito ao prêmio.
Por conta do “Dia do Fico” ser lembrado no dia 9 de janeiro passado, porque Dom Pedro resolveu continuar neste País e porque a Democracia prevaleceu aos atos terroristas do dia 8 de janeiro e, sem copiar a frase do presidente Lula no seu discurso na quinta-feira passada, e, graças à conquista do prêmio, posso dizer e muitos brasileiros democratas o digam: “Ainda Estou Aqui”.
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No mais, Gustavo Martinelli está tentando colocar a casa em ordem por conta de contratos vencidos e não renovados pela administração anterior e o PL de Jundiaí, o mesmo partido do Jair, está em briga porque a vereadora Quézia de Lucca não conseguiu se eleger presidente da Câmara porque parte dos eleitos do partido, não deram a ela seu voto. Aliás, não foi só para presidente da casa que Quézia se candidatou. Ela concorreu também para cargos da mesa diretora. E não conseguiu se eleger para nenhum deles.(Foto: Facebook Fernanda Torres)
NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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