A PM do Tarcísio

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É crescente e preocupante a ação da Polícia Militar no Estado de São Paulo, onde Tarcísio de Freitas (Republicanos) é governador e Guilherme Muraro Derrite é o secretário de Segurança Pública. Recentemente o país ficou chocado ao ver um PM jogar um homem do alto de uma ponte em São Paulo(foto) e também aquele que disparou onze tiros nas costas de um moço que acabara de roubar pacotes de sabão. Onze tiros é um verdadeiro exagero. Um também seria já que a função do policial não é sair por aí dando tiros e matando pessoas a seu bel-prazer.

Os dois policiais estão presos pelo que fizeram, mas isso não é tudo ou isso é muito pouco diante de tanta ação preocupante. Mas antes de seguir em frente, é importante lembrar que o senador Jorge Seif (PL-SC) defendeu o policial que jogou o homem do alto de uma ponte, afirmando que deveria ter sido jogado em um penhasco. Completou seu pensamento, afirmando que “tomar banho em um córrego é um prêmio!”. Claro que a repercussão nacional sobre esta colocação do senador bolsonarista, publicada no X fez o mesmo apagar a mensagem. Mas a primeira impressão é a que fica!

Segundo dados publicados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, o número de mortes provocadas pela PM neste ano, cresceram 46% até 17 de novembro deste ano, comparando com o ano passado inteiro. De janeiro a 17 de novembro de 2024, 673 pessoas foram mortas por policiais militares, contra 460 em 12 meses de 2023,

O governador afirma que a função da PM deve ser avaliada, mas descarta a demissão de seu secretário. Mas é importante lembrar que, em março deste ano, depois que a PM eliminou 30 suspeitos no litoral paulista, o governador afirmou que “pode ir na ONU, por ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí!” Na época, entidades de direitos humanos denunciaram o Governo do Estado na Organização das Nações Unidas. Mas a colocação do governador é para ser pensada, sem dúvida!

Recentemente, a Polícia Militar tratou com respeito um empresário que recebeu com tiros agentes em sua mansão em Pinheiros. Dois dias depois, matou um rapaz negro de uma família pobre na Baixada Santista, mesmo depois de sua mãe implorar pela vida do filho. A diferença no tratamento já foi defendida pelo vice-prefeito eleito de São Paulo, coronel Ricardo Mello: os PMs que atuam na região nobre e na periferia de São Paulo precisam adotar formas diferentes de abordar e falar com seus moradores.

O assunto é sério e precisa ser melhor analisado pelas autoridades do Judiciário. As câmaras corporais dos policiais deve ser mais fiscalizada. São Paulo diz que elas são ligadas remotamente ou por proximidade, mas a PM pode ligar ou desligar o equipamento quando quiser. Semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luis Robero Barroso, definiu que é obrigatório o uso de câmara corporais em suas operações. Mas vale lembrar que não foi a câmara corporal que mostrou o PM jogando o homem de cima da ponte e nem do PM que matou o jovem com 11 tiros, e pelas costas. Lembrando que não existe pena de morte no Brasil.

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NELSON MANZATTO

É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.

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