ÁRVORE não é o problema. É a solução

árvore

No próximo dia 21, coincidindo com o início da primavera, será comemorado o Dia da Árvore. As árvores nas cidades podem ajudar a retardar e a reduzir os efeitos do aquecimento global. Em artigos anteriores foi enfatizada a importância da arborização urbana em calçadas, praças, margens dos córregos e rios, que inclui até economia de recursos financeiros, públicos e privados.

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Tema de extrema relevância na atualidade são as mudanças climáticas e o calor extremo, com recordes de temperatura que vem ocorrendo em diversas partes do mundo. Tais efeitos são consequência da ação do próprio ser humano, por conta do desmatamento, queimadas, poluição atmosférica por indústria e veículos, entre outros.

Estamos preparados para suportar as mudanças climáticas e evitar tantas mortes por eventos extremos, como ondas de calor, mudanças bruscas de temperatura, chuvas excessivas em curto espaço de tempo, tempestades?

Temos muitas coisas a fazer para minimizar tais efeitos e neutralizar um pouco as emissões de poluentes. Talvez a medida mais fácil e que pode ser implementada desde já é o plantio e manutenção das árvores também nos centros urbanos, ou seja, nas cidades.

As árvores nas áreas urbanas geram diversos benefícios. Elas absorvem muita água e ajudam a reduzir enchentes. Também reduzem a poluição atmosférica e os gases do efeito estufa, melhorando até a poluição sonora. Uma única árvore frondosa possui o efeito refrescante de quatro aparelhos de ar-condicionado. Além disso, transfere cerca de 400 litros de água por dia para o ar, resfriando seu entorno e melhorando a umidade relativa do ar.

Entre outras vantagens, as árvores geram beleza e efeitos psicológicos favoráveis, incluindo a redução do estresse e quem sabe aumentar a criatividade para soluções efetivas na proteção do planeta.

Há ações concretas que podem ser adotadas para minimizar e até mesmo reduzir o aquecimento global, como a  preservação das florestas, a redução dos desmatamentos, o reflorestamento de áreas importantes de proteção, mas também com o aumento da arborização urbana.

Projetos pelo mundo afora, como por exemplo em Berlim, na Alemanha(acima/www.goeasyberlin.de), estão aumentando significativamente a arborização urbana, bem como áreas verdes e áreas de conexão com as florestas, permitindo aumento da vida silvestres e convivência harmônica com o ser humano. É possível a integração da natureza nas áreas urbanas, com inúmeros benefícios, conforme já mencionado, incluindo mais sombra e temperatura mais agradável, maior umidade, menos poluição, além de espaços de convivência, transformando a vida nas cidades mais agradável e com dignidade para todos.

Outros países tem planos ousados para melhoria das áreas verdes e da arborização urbana, incluindo também a recuperação de rios e suas margens com vegetação adequada, favorecendo o equilíbrio ambiental com integração com os animais silvestres.

Árvore não deve ser vista como um problema, mas como solução. Elas devem ser bem cuidadas, todos devem participar da preservação e incremento da arborização urbana. Se houver necessidade de algum corte, com as devidas justificativas e critérios técnicos, deve haver reposição, sempre atento às melhores espécies para serem utilizadas, em harmonia com o passeio público, acessibilidade, a rede de energia elétrica e outros serviços públicos.

As prefeituras devem estar prontas a incrementar significativamente a arborização urbana, seja em calçadas, seja em áreas nas margens dos rios e córregos, conhecidas como áreas de preservação permanente. Deve-se evitar vias públicas novas em áreas de preservação permanente, para permitir a preservação efetiva dos recursos hídricos, onde também há diversas possibilidades para integração das áreas verdes, formando corredores ecológicos, permitindo não só espécies vegetais, como também a vida e o fluxo de inúmeros animais.

Mesmo em áreas de preservação permanente que tenham sido desrespeitadas no passado, deve-se adotar medidas de incremento do plantio de árvores, as quais exercem diversas funções, inclusive ajudando na contenção das margens, economizando recursos públicos com obras de valor elevado.

Ainda, as prefeituras devem ter planos para execução de podas, remoções necessárias, agir em caso de quedas, bem como reposição das árvores. Esse custo é menor do que os benefícios da existência abundante de árvores nas áreas urbanas. Há que se investir em tecnologia para melhoria desses serviços.

Há diversas formas de plantar árvores em calçadas, margens de rios, praças, parques, incluindo em áreas particulares como quintais e jardins.

Muita gente tem um bicho de estimação, mas além deles, devemos nos propor a ter uma árvore que possamos cuidar, ajudando o planeta a ter mais equilíbrio. Quanto mais árvores pudermos plantar e manter, melhor para todos e estaremos fazendo nossa parte para uma vida mais segura contra as mudanças climáticas e com maior integração com a natureza, fonte primeira de toda a vida.

Vamos pois tomar iniciativas de plantios, avaliando os locais e escolhendo espécies mais adequadas. Vamos pedir para a  prefeitura mais plantio de árvores em todos os locais disponíveis, calçadas, praças, áreas públicas de escolas, de serviços de saúde, margens de rios, etc., tornando a cidade cada vez mais verde. Vamos pedir também podas quando necessário e reposições de árvores quando alguma remoção for necessária.

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Não podemos abrir mão do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e da sustentabilidade, conforme previsto na nossa Constituição Federal, lembrando que o meio ambiente inclui além da natureza preservada, também o meio ambiente urbano.

Há um vídeo muito interessante que indica a importância da árvore para a sustentabilidade, indicando que se trata de uma inovação que está pronta para uso e para ajudar a combater as mudanças climáticas, concluindo como sendo  “uma fantástica máquina de esfriamento global” (#cadaarvoreimporta). Foto principal: avenida Frederico Ozanam/Google Street)

CLAUDEMIR BATTAGLINI

Promotor de Justiça (inativo), Especialista em Direito Ambiental, Professor Universitário, Consultor Ambiental e Advogado. Membro da Comissão de Meio Ambiente da 33ª Subseção-Jundiaí da OAB-SPE-mail: battaglini.c7@gmail.com

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