A CACHORRA não está mais no portão

cachorra

No período da pandemia, convivendo com o pavor do contágio da Covid, eu parei de frequentar a academia de ginástica. E por meses nem os pés na rua eu coloquei, a não ser para realizar atividades essenciais. Mas à medida que a pandemia foi se arrefecendo, passei a caminhar todos os dias de manhã com o meu marido, num horário em que as ruas praticamente estavam vazias. Íamos de máscara, claro. E caminhando pelas ruas do bairro, diariamente passávamos por uma enorme casa, e no portão sempre estava uma cachorra da raça pastor alemão. Tranquila, ela nos via passar cotidianamente, nos encarava, mas nunca latiu ou nos hostilizou. Só que agora não a vejo mais.

Engraçado isso, mas todos os dias eu ficava ansiosa ao chegar perto do portão, para ver a cachorra deitadinha, ou vê-la com seu brinquedinho. Não sei o nome dela, mas imagino que seja algo como Loba, mas isso é apenas suposição. Fico pensando o que pode ter acontecido com ela. Por vários dias passei e não a encontrei no seu lugarzinho. Nem sua bolinha estava por lá.

Bem pertinho das grades, a Loba via com atenção todos os pedestres e acompanhava a passagem em silêncio. Só latia se sentisse alguma ameaça. Mas nunca vi isso acontecer. Torço para que a Loba tenha ido morar em outra casa, bem confortável, que tenham levado seus brinquedinhos e esteja feliz. Que tenha uma longa vida pela frente, com muito carinho e ração de qualidade.

Nas caminhadas frequentes pelas ruas do meu bairro a coisa mais divertida é passar pelos portões e encontrar cães, de todos os portes, raças e temperamentos. Têm aqueles que já começam a latir alguns metros antes de passarmos pelo portão. Latem com todo o afinco e convicção, mostrando quem manda no pedaço. Já outros ficam em silêncio, tipo brasa adormecida, só esperando para dar o bote. Aí é aquele susto. Mas há também os simpáticos e amáveis, que quando percebem o pedestre já correm abanando o rabinho. Mas é bom não confiar na simpatia canina, caso não conheça o bicho.

OUTROS ARTIGOS DE VÂNIA ROSÃO

UMA CASA NA AVENIDA ITATIBA

PARECE QUE FOI ONTEM

UM PRESENTE NO MEIO DO CAMINHO

Apesar da pandemia ter sido uma tragédia de amplitude mundial, guardo algumas boas recordações deste período nefasto. Uma delas, com certeza, era encontrar a cachorra no portão durante nossas caminhadas,e fazer uma festinha para ela, mesmo que de longe.(Pikist)

VÂNIA ROSÃO

Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.

VEJA TAMBÉM

PUBLICIDADE LEGAL É NO JUNDIAÍ AGORA

ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES