Assalto, sequestro relâmpago, furto do celular, agressão física… Hoje em dia esses são apenas alguns dos obstáculos que muitos de nós enfrentamos quando saímos às ruas para tarefas corriqueiras do dia a dia. A cada esquina o perigo nos espreita e essa tensão permanente nos faz esquecer de olhar ao redor, de olhar para a vida. Temos medo da violência, temos medo do outro ser humano que por coincidência nos olha nos olhos na mesma calçada. Entretanto, nem sempre as ruas nos dão um presente em forma de ódio.
Conto uma história que aconteceu comigo na semana passada, exatamente para provar que nem sempre é só o mal que nos rodeia. Numa manhã, sol de primavera, saí de casa para cumprir uma das tarefas mais básicas na vida de um ser humano urbano: ir ao supermercado. E fui a pé, como sempre faço. No meu bairro, a Vila Arens, temos registrado inúmeros casos de assalto e até sequestro relâmpago. Portanto, confesso que ando pelas ruas com certa desconfiança, afinal, como diz o ditado “seguro morreu de velho”.
Caminho a passos largos, olhando dos lados, celular bem acomodado no interior da minha bolsa, enfim, o receio está sempre presente e é aconselhável manter a tensão e atenção com os possíveis riscos. Só que no meio do caminho fui abordada por dois estranhos.
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Minha primeira reação, depois da surpresa inicial, foi me afastar dos dois atrevidos desconhecidos. Lógico que eu já pensei que estava sendo assaltada, que iriam levar minha bolsa, que eu deveria gritar por socorro, onde estão os policiais desta cidade? Só que não era nada do que eu imaginava, ao contrário. Os dois estranhos eram na realidade jovens ligados a uma igreja evangélica me convidando para os cultos. Passado o pavor inicial, pude ver que os rapazes eram educados, sorridentes e ainda me presentearam com um mimo e o panfleto com os horários dos encontros. Desculpei-me pela reação intempestiva da minha parte, agradeci o presente e segui meu caminho, olhando para traz e vendo os dois sorrindo, enquanto conversavam com outras pessoas.
Rindo por dentro da minha atitude, fiquei imaginando que nem sempre ser abordado de surpresa por estranhos na rua tem um final feliz. Na maioria é assalto mesmo. Ainda bem que meu anjo da guarda estava atento.

VÂNIA ROSÃO
Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.
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