A Ciacom – Companhia de Comunicações – é um destes lugares que os jundiaienses com mais de 40 não se esquecem. O ‘quartel velho’ ficava na rua do Rosário, vizinho do Gabinete de Leitura Ruy Barbosa. Sua arquitetura era pomposa. E a presença dos soldados nos portões dava um charme especial ao prédio.
Antes de ser o quartel, o major Araripe Sucupira, que participou da Guerra do Paraguai, tinha uma casa neste terreno. Em 1919, o prédio passou a integrar as instalações do quartel, cujo estilo arquitetônico foi criado pelo mestre de obras e construtor Adriano Borgonovi. A unidade militar que após anos passou a denominar-se 2ª Cia de Comunicações, foi desativada nos anos 1980.
Quem serviu o 12º Grupo de Artilharia de Campanha há 40 anos viu o prédio completamente deteriorado. Mesmo assim, os soldados do GAC tinham de montar guarda ali. Apesar do tempo e da falta de cuidado, as paredes guardavam a soberba dos velhos dias de glória. Os salões que davam para a rua do Rosário eram magníficos. Os tetos eram altos e decorados. Havia lustres luxuosos.
Depois, a Ciacom virou estacionamento. Parte da fachada exuberante ficou intacta por algum tempo. Depois, sumiu. E da Companhia de Comunicações restaram apenas fotos amareladas. Como a que abre este texto: nos anos 1960, soldados da Ciacom em plena praça Ruy Barbosa. A imagem registra a presença dos professores Pedro Fávaro e Nassib Cury(foto principal: Roberto Merighi)
Anos 1920: a praça Rui Barbosa nem existia. Era ainda um “rapadão”. Mas a Companhia de Comunicação estava lá. (Foto: José Roberto Moreira)
1941: A praça Ruy Barbosa, formosa, parecendo um jardim, deixa a Ciacom ainda mais bonita (Foto Janczur)
Esta foto foi tirada nos anos 1950. Além da beleza do prédio é possível ver como Jundiaí era tranquila naquela época
1956. A praça e a Ciacom ao fundo. (Foto Major Alípio Gama da Silva/Arquivo Jorge Luiz Christophe)
Desfile de 7 de Setembro de 1960. A festa cívica era na avenida Jundiaí. Os soldados e veículos da Ciacom chamavam a atenção de todos
Mais uma foto dos anos 1960. A tropa marcha sob o olhar do saudoso sargento Fernandes
1972: quem serviu sabe o que é isto: uma formatura. (Foto Mario Luiz Fernandes)
Hoje, não há mais Ciacom. Um prédio histórico virou estacionamento. E a cidade perdeu mais um pouco da sua graça…
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