Recentemente, a Prefeitura de Jundiaí lançou o programa ‘Quem Ama, Cuida’, um grande mutirão de zeladoria que está levando serviços essenciais aos bairros, como poda de árvores, corte de mato e operação tapa-buracos. À frente do programa está a Unidade Gestora de Infraestrutura e Serviços Públicos, comandada pelo engenheiro civil Marcos Galdino(foto) que colaborou diretamente com as administrações dos últimos sete prefeitos de Jundiaí. Em entrevista ao Jundiaí Agora, Galdino afirmou que as equipes da Prefeitura já roçaram mato em área 400 vezes maior do que o campo do Paulista. Quase 2 mil árvores foram podadas. Os buracos nas ruas consumiram mil toneladas de asfalto até agora. Para Galdino, o problema do abandono da cidade quando há troca de comando na Prefeitura é a demora para a nova gestão assumir. Confira a entrevista:
Quando Luiz Fernando Machado assumiu em 2017 também encontrou a cidade abandonada. Por que isto acontece? Falta de planejamento ou a certeza de que o candidato da situação ganharia a eleição?
Recebemos a cidade com muito mato, muito lixo e muitos buracos. Não havia empenho para compra de asfalto desde a segunda quinzena de outubro. A operação tapa-buracos foi interrompida. A cidade ficou um pouco morosa na zeladoria de outubro até quando assumimos em janeiro. Acredito que um dos grandes problemas é que a posse de quem vence a eleição, quando há troca de poder, demora muito. Os serviços acabam ficando mais lentos e a cidade paga um preço caro: o mato cresceu, os buracos aumentaram, a quantidade de lixo aumentou.

É possível mensurar quanto já foi feito em termos de corte de mato e poda de árvores, desde o começo da gestão Martinelli?
Estamos atingindo cerca de 1.800 podas de árvores na cidade. Em termos de corte de mato, a roçagem, já fizemos cerca de 2.800 milhões de m² em ruas, praças, parques e jardins. Este número equivale a 400 vezes o tamanho do estádio Jayme Cintra, o campo do Paulista
Quais bairros ou regiões já foram limpos? Quantos faltam e quanto tempo levará para terminar estes serviços?
O corte de mato e a poda são feitas em toda cidade. Já passamos por todos os bairros de Jundiaí cerca de duas vezes. O serviço não termina nunca. Quando atingimos o último setor, voltamos ao primeiro. A zeladoria de uma cidade é um serviço constante e que não se pode abrir mão.
A poda de árvores sempre foi um problema. Os vereadores já afirmaram que a Prefeitura é cobrada por eles. O Executivo, informam, cobra a CPFL. Ou a poda não acontece ou é mal feita e até prejudica as árvores. Afinal, de quem é a responsabilidade? A CPFL está atendendo os pedidos da Prefeitura?
A poda é realmente um grande problema. Quando assumimos tínhamos cerca de 7 mil pedidos de poda de árvores no 156. Estamos diminuindo este número. Este serviço chega a ser polêmico. Abaixo dos cabos de eletricidade, a responsabilidade da poda é da CPFL que não faz um trabalho satisfatório, muitas vezes mutilando a árvore. A empresa fica focada nos fios e esquece das árvores. Não faz a poda de forma correta e o pior: tem deixado os galhos ao longo das ruas, das calçadas, o que causa transtornos. O morador pensa que este trabalho é feito pela Prefeitura. Recentemente estivemos em Campinas e conversamos com o CEO da CPFL e pedimos providências. A CPFL precisa fazer a poda de forma correta e recolher os galhos que seus funcionários cortaram.
No outono chove menos. Isto deverá facilitar o trabalho da Unidade de Gestão no corte de mato e poda?
Sim. E isso vai nos ajudar a colocar o trabalho em dia. Embora tenhamos 22 equipes de corte de mato, estamos vencendo o mato de forma muito lenta. Com o outono e inverno, esperamos que a zeladoria fique mais eficiente…

As ruas estavam esburacadas. Quais bairros ou regiões já passaram pela operação tapa-buracos?
A operação ocorre na cidade toda. A nossa grande dificuldade é que na segunda quinzena de outubro do ano passado, a Prefeitura interrompeu a operação tapa-buracos por falta de asfalto. Assumimos em janeiro e até a licitação acabar, os trabalhos ficaram parados aproximadamente 80 dias. Para uma cidade grande como Jundiaí isto pesou muito. Em janeiro havia cerca de 2 mil buracos em toda cidade. Hoje temos uns 600 buracos ainda. Aos poucos estamos conseguindo tapá-los.
Quanto asfalto já utilizaram?
Desde o começo da gestão Gustavo Martinelli já utilizamos cerca de mil toneladas…
Quais bairros ou regiões ainda faltam receber a operação?
A operação já percorreu todos os bairros da cidade. Assim como a poda de árvores e roçagem do mato, este é um serviço que não acaba. A cada dia entram 80 novos pedidos relacionados a novos buracos no 156.
Quanto asfalto deverá ser usado ainda?
Até o final deste ano deveremos usar 10 mil toneladas
O asfalto que está sendo usado é de boa qualidade ou existe o risco de, no primeiro temporal, os buracos voltarem?
A massa asfáltica tem uma faixa de granulometria que mostra a quantidade do pó de pedra, brita, betume. O asfalto passa por um controle de laboratório. A atual gestão exige, de três a quatro dias, um laudo comprovando a qualidade da massa que usamos. Quando o buraco volta não é porque o asfalto é ruim. Existem outras causas, como a base e outras questões do pavimento.

Iluminação: Por que Jundiaí continua tendo ruas tão escuras?
Assumimos a cidade com 16% das lâmpadas queimadas em locais públicos. Fizemos um relatório e o entregamos à empresa prestadora de serviços. Demos um prazo para que a troca aconteça paulatinamente.
Quais bairros ou região são prioridade para receber iluminação nova?
Estamos implantando lâmpadas LED na cidade. Hoje, estamos priorizando as grandes vias. Agora estamos fazendo a avenida dos Ferroviários desde a avenida Nove de Julho até a região da Agapeama. A Ferroviários é uma avenida grande, dupla, com iluminação dos dois lados e que receberá 400 lâmpadas LED. Depois vamos expandir para os bairros. Cerca de 25% da cidade já tem lâmpadas LED. Quando assumimos eram 8% ou 9%. A nossa meta é deixar Jundiaí 100% LED em quatro anos.
Quanto isto custará?
Para implantar estas lâmpadas em toda cidade, o valor estimado é de R$ 100 milhões.
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