CPFL: Vereadores irritados com serviço. Terça(21) terá reunião

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Os vereadores de Jundiaí aproveitaram a moção 659/2024, na sessão de ontem(14), para demonstrar irritação e descontentamento com os serviços prestados pela CPFL. A moção aprovada, de autoria do vereador Paulo Sérgio Martins, repudia “a atuação omissa e displicente da Companhia Piratininga de Força e Luz, a CPFL, na cidade”. As quedas e interrupções no fornecimento, além das podas de árvores que não ocorreriam, são os motivos da indignação dos parlamentares que afirmam não receberem retorno da empresa. Na próxima terça-feira(21), depois da sessão, deverá ocorrer reunião entre representantes da CPFL e vereadores. O Jundiaí Agora encaminhou o vídeo da sessão da Câmara para o setor de comunicação da empresa. A CPFL diz que está à disposição da Câmara Municipal de Jundiaí(abaixo).

“A CPFL está enchendo meu saco. Esta moção era para ter sido votada na semana passada. Recebi uma ligação e pediram para eu quebrar o galho e dar um tempinho. Quem quebra galho é macaco gordo. Mesmo assim, esperamos uma semana. Ontem(13), eles(a direção da CPFL), me ligaram 18 vezes. Fizeram a maior carga em cima de mim pedindo para retirar a moção e chegaram a falar que haveria retaliação em relação aos meus pedidos. Que retaliação? A CPFL não faz nada. O que é zero vezes zero? Também pediram para conversar. A gente não tem mais o que conversar. Foram marcadas duas reuniões anteriormente – uma no bairro e outra com o pessoal da Prefeitura – e eles não apareceram. Antes, disseram para nós que iriam acertar as coisas. Agora está pior do que antes. Quando sabem que a gente vai bater aí nos procuram para conversar. Aí ligam e pedem para ter calma. Ter calma o caramba. As vezes, os moradores jogam a culpa da Prefeitura. Mas, não se pode podar árvores onde tem torre de alta tensão. Tem também a questão de cobranças exorbitantes. Uma senhora contou para mim que colocaram um poste na frente da garagem dela e agora estão cobrando R$ 8 mil para tirá-lo. Hoje, uma reunião com os vereadores foi marcada para dia 21. Eles são iguais a crianças: se não der um tapa na bunda não atendem. Existe desrespeito com esta vereança. Aqui não tem mané, não. Que nesta reunião venha uma pessoa que nos respeite”. Martins lembrou que é possível entrar com ações por crime contra o consumidor e danos contra a empresa.

O vereador Madson Henrique disse que nunca viu um bom momento da CPFL na cidade. “Sempre que pedimos e cobramos em nome da população temos problemas com uma empresa que faturou R$ 28 bilhões em 2018. Imagine quanto fatura hoje. Problemas com fios pendurados nos postes são uma vergonha. Os fios dão impressão de que a cidade está abandonada. A Prefeitura precisa multar a CPFL e empresas de telefonia. Tenho reclamação de um poste de madeira, com cupim, e que está prestes a cair. A CPFL não faz nada. Quanto à poda de árvores, a gente cobra a Prefeitura, que cobra a CPFL. É uma novela. Eles não atendem e o pessoal dos serviços públicos não pode subir e cortar os galhos. Na reunião da próxima terça peço aos colegas que subam o tom da voz para conversar com os diretores da empresa. Vamos bater na mesa. A conversa precisa ser mais acirrada. Gostaríamos de tratá-los como amigos. Se não dá, paciência. Nosso compromisso é com a população”, afirmou.

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O vereador Douglas Medeiros sugeriu que os vereadores façam uma reunião com o departamento jurídico da Prefeitura para que ações sejam feitas. “É preciso multar, processar. A CPFL lida com energia elétrica, algo fundamental. Nossa autonomia é pequena e eles são peixe grande. Precisamos saber qual medida legal podemos tomar”. O vereador Márcio Pentecostes contou que mora num núcleo de submoradia “em que as pessoas precisam de energia e não conseguem. A CPFL deveria fazer um projeto para ajudar estes moradores que não querem fazer ‘gatos'(ligações clandestinas). A pessoa quer pagar a energia e não consegue. Quanto às podas de árvore, pelo amor de Deus. O diretor de serviços públicos de Jundiaí disse para nós que não sabe o que fazer quando precisa do serviço da CPFL”, disse.

Val Freitas lembrou que houve uma reunião na Câmara depois que apresentou moção parecida com a de Paulo Sérgio Martins. “Vieram aqui, prometeram melhorar, retiramos a moção e melhorou por um determinado tempo. Agora está pior”, comentou. Romildo Antônio lembrou a urbanização de bairros como o Novo Horizonte cujos moradores reclamam que a CPFL não faz as ligações. Segundo ele, alguns postes do bairro estão dando choque. Marcelo Gastaldo lembrou que a cobrança pela melhora dos serviços da CPFL não é nova. “Muitas moções já foram feitas. Esta empresa está regredindo e arrecadando cada vez mais. Não podemos desistir. É água mole em pedra dura. Vamos continuar batendo, batendo. Que o representante da CPFL que virá aqui na terça tenha autonomia para resolver todas estas questões”, disse.

O vereador Cristiano Lopes citou um poste na região do Rio Acima que está prejudicando a mudança da linha de ônibus que atenderá centenas de moradores. “Fiz a solicitação há um ano para retirar o poste e não fui atendido até agora. A comunidade daquele bairro tem razão de brigar e espernear como estamos fazendo hoje, aqui na Câmara. O atendimento da CPFL na nossa região é uma vergonha. Se é que podemos considerar isto atendimento. É uma vergonha como fazem a poda de árvores e deixam os galhos jogados, sem informar a Prefeitura para o recolhimento do material. Já a vereadora Quezia não se mostrou otimista com a possibilidade de solucionar as questões “aumentando o tom e batendo na mesa”, como sugeriu Madson. “O problema é o nosso país com suas injustiças, com a mania do jeitinho, de favorecimento de empresas. O Brasil tem leis que não são cumpridas e não há respeito com a população”.

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