A CPFL – empresa que causou a revolta dos vereadores na sessão da Câmara Municipal do último dia 14 – é uma das que mais levam os moradores de Jundiaí ao Procon. Segundo o órgão de defesa do consumidor, de janeiro até a data da sessão onde os parlamentares fizeram críticas contundentes, foram anotadas 119 reclamações. No ano passado foram 203, colocando a CPFL em nono lugar entre as empresas com mais reclamações. Em 2022, foram 137 queixas deixando a empresa na quinta colocação do ranking. Nesta terça-feira(21), parlamentares e diretores da CPFL deverão se reunir. Questionada sobre as queixas atendidas pelo Procon, a empresa informou: “A CPFL Piratininga enfatiza que, por meio de seus representantes locais, está sempre à disposição do Procon Jundiaí e dos demais órgãos públicos municipais para buscar cada vez mais formas de identificar oportunidades de melhoria e aprimorar a experiência de seus clientes na cidade”(veja na íntegra, abaixo).
O ranking é publicado anualmente, respeitando o artigo 44, da Lei 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor). As reclamações mais comuns que chegam ao Procon são: cobrança de tarifas, taxas, valores não previstos ou não informados; cobrança por Irregularidade ou defeito na medição, renegociação e parcelamento de dívidas.
O órgão afirma que, neste ano, foram fechados 20 acordos. No ano passado, 58 e, em 2022, 39 acordos. De acordo com o último ranking publicado, o índice de resolutividade da CPFL foi de 45%. Em 2022 o índice foi de 40%. O Procon explicou que continua conversando com a empresa para que os índices continuem em crescimento.
Moção – As broncas dos vereadores vieram no momento da votação da moção 659/2024, de autoria de Paulo Sérgio Martins, que repudiou “a atuação omissa e displicente da Companhia Piratininga de Força e Luz, a CPFL, na cidade”. Os parlamentares reclamam que tentam encaminhar reclamações como quedas e interrupções de energia, além de podas de árvores, e não têm retorno da empresa. “A CPFL está enchendo meu saco”, disse o vereador, que também é delegado. Ele lembrou que existe a possibilidade de mover ações crime contra o consumidor e danos contra a empresa. A moção foi aprovada.
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O discurso exaltado de Martins fizeram outros parlamentares engrossassem o coro de descontentes com a CPFL. Val Freitas, Romildo Antônio, Marcelo Gastaldo, Douglas Medeiros e Cristiano Lopes criticaram duramente a empresa. Já o vereador Madson Henrique deu uma ideia de como será o clima da reunião entre parlamentares e os diretores da empresa: “nesta reunião peço aos colegas que subam o tom da voz para conversar com os representantes da CPFL. Vamos bater na mesa. A conversa precisa ser mais acirrada. Gostaríamos de tratá-los como amigos. Se não dá, paciência. Nosso compromisso é com a população”, disse.
Resposta da CPFL – “A CPFL Piratininga atende a 209 mil clientes em Jundiaí, tem como prioridade a qualidade e eficiência dos serviços prestados e entende a importância de garantir a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica, visando a satisfação e progresso socioeconômico da cidade.
Em 2023, a concessionária investiu mais de R$ 30 milhões em obras e iniciativas de expansão, modernização, manutenção e atendimento ao cliente em Jundiaí, o que demonstra seu comprometimento em atender as necessidades dos consumidores e solucionar eventuais problemas de maneira eficiente.
A CPFL Piratininga destaca que está à disposição de seus clientes 24 horas por dia, todos os dias da semana, por meio de seus canais de atendimento: call center (0800 010 2570), www.cpfl.com.br, App “CPFL Energia”, WhatsApp (19) 99908-8888 e SMS 27304, além de uma agência própria, para receber os clientes que optam pelo atendimento presencial.
A CPFL Piratininga também enfatiza que, por meio de seus representantes locais, está sempre à disposição do Procon Jundiaí e dos demais órgãos públicos municipais para buscar cada vez mais formas de identificar oportunidades de melhoria e aprimorar a experiência de seus clientes na cidade.”
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