Nas eleições municipais de 2016, o ex-investigador de polícia, corretor de imóveis e advogado Antônio Carlos Albino, então concorrendo pelo PSB, foi o 15º mais votado para a Câmara de Jundiaí com 2.345 votos. Quatro anos depois, já no PL, Albino deu um salto expressivo junto ao eleitorado da cidade e foi o vereador mais votado. Ele teve 7.345 votos. De direita, conservador, o parlamentar diz que não é bolsonarista e assegura ser contrário a qualquer tipo de radicalismo. Para as eleições de 2022, ele já colocou o nome à disposição do partido. A princípio, é pré-candidato a deputado estadual. Mas não descarta a possibilidade de concorrer à Câmara dos Deputados, inclusive por outro partido. A entrevista com Albino:
O senhor é pré-candidato nas eleições de 2022? Deputado estadual ou federal?
Sim, coloquei meu nome à disposição do partido para as eleições de 2022. Como fui o vereador mais votado da cidade, muitas legendas têm interesse no meu nome. Tenho vários convites para ser candidato a deputado estadual e federal.
Nas últimas eleições, em 2016, foi o mais votado com mais de 7 mil votos. Só este número o credencia para a disputa ou há algo mais?
Além da nossa votação, o PL tem a maior bancada da Câmara, o que indica que temos boa aceitação pela população do município. Também tenho boa aceitação na região, até pelo currículo e carreira como ex-policial, advogado e corretor de imóveis. Tenho experiência em vários setores da administração.
Pelos projetos que apresenta é tido como de direita, conservador e bolsonarista. Como vê este ponto de vista dos eleitores que não votam no senhor?
Sou conservador e de direita, mas não me considero bolsonarista. Eu me coloco ao lado do Brasil, independentemente de candidato ou partido. Penso sempre na qualidade dos projetos e no bem comum, no interesse da população. Entendo que se o projeto é bom, seja de direita ou da esquerda, votarei a favor. O radicalismo não é bem-vindo de nenhum lado.
Qual é o perfil do seu eleitorado?
Nosso eleitorado é de pessoas comuns, trabalhadores e trabalhadoras, que conseguem enxergar nosso trabalho, nossas bandeiras de direita, como conservadorismo, defesa da família, transparência na gestão pública, fortalecimento da economia, entre muitas outras. Acredito que são pessoas trabalhadoras que querem um candidato sério que seja representante do povo.
Acha que as crescentes denúncias contra o governo do presidente Bolsonaro podem tirar votos do senhor?
Não vejo vínculo nenhum entre o Bolsonaro e o meu trabalho. Apenas temos algumas pautas comuns, sobre as quais concordamos, como ser de direita, a defesa da família, dos valores cristãos, contra a corrupção, mas é apenas isto. Não existe vínculo ou alinhamento automático. Hoje votaria no Bolsonaro pelos valores que ele representa, mas se futuramente surgir outro candidato que representa nossas bandeiras vou avaliar também.
Caso seja confirmado candidato, como pretende fazer a campanha? Investirá no corpo-a-corpo ou na internet?
Acredito que devemos unir as duas coisas. A campanha pela internet é mais barata e hoje em dia é muito importante. Temos que levar nossas ideias e projetos para a população pela internet e pelas redes sociais. Inclusive na minha atuação como vereador mantenho minhas páginas nas redes sociais, presto contas do meu trabalho e coloco meus projetos para consulta da população. O corpo a corpo, principalmente em Jundiaí, reflete um trabalho que temos de cinco anos, que acredito que pode fazer a diferença. Se aumentei minha votação é resultado do reconhecimento das pessoas pelo trabalho que venho realizando.
Espera contar só com votos de Jundiaí e região ou buscará novas bases eleitorais?
Principalmente em Jundiaí e região. Tenho amigos em todo o estado, sou reconhecido pela bandeira da defesa da família, segurança pública, entre outras, que acredito que irão ajudar, mas naturalmente nossa base eleitoral é de Jundiaí e região.
Se eleito, quais serão os projetos que pretende colocar em prática na Assembleia Legislativa ou Câmara dos Deputados?
Penso que Jundiaí há algum tempo é carente de um deputado estadual que trabalhe pela nossa região. A situação da mobilidade urbana na nossa região está horrível, basta olhar para a Rodovia Dom Gabriel, Vice-Prefeito Hermenegildo Tonoli, Estrada Natal Lorencini, Marginal do Rio Jundiaí, entre outras. A nossa região cresceu muito nos últimos anos e o sistema viário não acompanhou. Mas também cabe ao deputado fazer projetos para todo o estado. Temos muitas áreas de atuação em que podemos fazer diferença, procurar trazer investimentos para segurança, educação e mobilidade. Existe muito para melhorar na educação estadual, o ensino fundamental e médio do estado de São Paulo estão numa situação péssima. É preciso trabalhar pela segurança pública, valorizar os policiais, acredito que todas essas pautas estão interligadas.
Jundiaí e região serão sua prioridade?
Com certeza! Conhecemos mais de perto os problemas da região e temos mais proximidade com a população. O deputado representa todo o estado, temos que ter essa visão integrada, mas nossa prioridade é representar bem nossa região.
E se for eleito deputado federal fará a defesa incondicional do governo federal, caso Bolsonaro se reeleja?
Acho que não há espaço para defesa incondicional de nenhum governo ou político. Temos que encontrar o meio termo, o que é bom vou defender e o que é ruim votarei contra. O mais importante é ter transparência, pensar nos problemas da população de maneira ampla, lutar pelas causas e não pelas pessoas. As pessoas estão sujeitas a erros e falhas, por isso devemos lutar pelas causas e não por governantes.
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Ou será um crítico ferrenho de Lula ou Dória, caso um deles seja eleito?
Creio que o papel do deputado não é de ser crítico ferrenho, mas pensar nas matérias, nos projetos, pensar no bem da população. Se for eleito vou me pautar pela discussão dos projetos, independentemente de quem esteja no governo. (Entrevista publicada em 5/9/21 e atualizada em 23/12/21)
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