As cenas mostradas na televisão e na internet no dia 8 de janeiro do ano passado pareciam de filmes de terror. Mas não eram: o Brasil pode ver o fim do bolsonarismo que tanto mal fez ao nosso País nos últimos quatro anos. Seguidores do ex-presidente, que preferiu deixar o Brasil dois dias antes do final de seu mandato e não passar a faixa ao seu sucessor, resolveram praticar o golpe contra as instituições democráticas brasileiras. A intenção destes terroristas que as Forças Armadas assumissem o poder político no Brasil, esquecendo que as eleições ocorridas em outubro tinham seguido as regras da democracia e dado posse, no último dia 1º aos novos governantes.
Assim como os seguidores de Trump, que invadiram o Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021, o terrorismo vestido de amarelo e se envolvendo em bandeiras da Pátria, marcharam da rodoviária de Brasília até a Praça dos Três Poderes e destruíram o que viram pela frente, tanto no Planalto, no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional. A cena de vandalismo foi mostrada ao vivo, principalmente nas redes sociais dos criminosos que filmavam o que faziam, como se fossem heróis nacionais. Na verdade, são bandidos, terroristas, desocupados que passaram dois meses acampados diante de quartéis e, mantidos financeiramente por empresários que estão sendo investigados, no sonho de ver o resultado das eleições ser cancelado.
O resultado disto tudo foi destruição: mesas, cadeiras, vidraças, obras de arte foram quebradas. Um fato triste de se ver. Mas é aqui que entra a imagem fugitiva de Jair Bolsonaro: durante quatro anos o todo-poderoso nesta época, criticou os juízes do Supremo Tribunal Federal, chegou a pedir a congressistas que criassem processo de impeachment de alguns destes ministros. Criou a maior desunião entre os poderes, algo jamais visto na República. Incitou seus seguidores a invadirem o prédio do Tribunal, chamou para si aquela que seria a grande festa de 200 anos da Independência do Brasil para conclamar seus seguidores a levá-lo à vitória nas eleições do ano passado. Transformou a festa católica de Aparecida em palanque eleitoral e viu seus seguidores ofendendo e brigando com jornalistas. Aliás, o que mais se viu nos quatro anos de mandato deste homem que não trabalhou durante o mandato, foi brigar com jornalistas.
Os terroristas-criminosos que destruíram o interior dos prédios dos três poderes estão sendo investigados através dass redes sociais. Os financiadores dos atos e que mantinham estes desocupados na frente aos quartéis também serão descobertos. Em Brasília, o Exército e a Polícia Militar levaram os manifestantes para a Polícia Federal. Perto de mil terroristas foram presos. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado por 90 dias pelo presidente Lula que decretou intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal. O secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, foi exonerado por Ibaneis antes da intervenção. Ele, que foi ministro de Justiça de Bolsonaro e dia 1º assumiu como secretário em Brasília e no dia seguinte entrou em férias, viajando para os Estados Unidos. Ainda no Brasil, a maioria dos políticos repudiou os fatos de domingo, principalmente os governadores que apoiaram Bolsonaro. Todos defendem a democracia.
OUTROS TEXTOS DE NELSON MANZATTO
Além dos inquéritos da Policia Federal contra os terroristas e o fim dos acampamentos, determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, o resultado da invasão que tinha como objetivo acabar com a democracia brasileira, o resultado mais importante: os três poderes da República estiveram reunidos para mostrar a união entre todos. Nada mudou na democracia brasileira.
Por último, Jair Messias Bolsonaro foi internado no dia 9 de janeiro num hospital em Orlando onde estava deste o dia 30 de dezembro em um condomínio de luxo. Segundo informações ele foi internado com dores abdominais…(Artigo originalment publicado em 10/01/23 – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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