A Diocese de Jundiaí completou, no dia seis de janeiro, 50 anos de instalação canônica, celebrados, domingo, com Missa no Ginásio de Esportes Dr. Nicolino de Luca, e isso me diz respeito.

Como diz a música: “Minha vida tem sentido, cada vez que eu venho aqui…” Ou: “…Meu coração é para Ti, Senhor! Porque Tu me deste a vida (…) o existir (…) o carinho, me deste o amor.”

Não por questões sociais ou tradição, mas como testemunhas de que a fé e a Igreja são essenciais, meus pais me conduziram, com dois meses, ao Batismo e me consagraram a Nossa Senhora de Fátima, na Igreja com o mesmo nome, em São Paulo. Minha experiência posterior de Deus aconteceu aos poucos. Já residindo aqui em Jundiaí, no entorno da então Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro, tenho comigo a serenidade, a dedicação e o empenho do Monsenhor Arthur Ricci.

Ao se instalar a Diocese, no final da década de 60, encontrava-me no início da adolescência e creio que foi pela força e luz das comunidades de jovens e por seus movimentos, como TLC e Jeca, dos quais participei ativamente, que não me deixei seduzir por mudanças comportamentais da época, em busca de uma liberdade que carregava algemas, como a das experiências com drogas e da revolução sexual. Ah, se não fossem as Religiosas – leia-se Carmelo São José -, os Sacerdotes – não caberia no espaço nomeá-los – e os Bispos, que me acalentaram nos sonhos de Deus para minha história e me corrigiram e corrigem no que não é dEle! Ah, se não fossem eles, na proposta de Jesus Cristo, para que eu me aproximasse dos excluídos – em especial das mulheres, dos encarcerados e egressos -, a fim de me tornar melhor!

Dom Gabriel, da oração, da contemplação, do anúncio e da consciência de Cristo; Dom Roberto, do abraço do pai do filho pródigo; Dom Amaury, sem temer desagradar, no bom combate, no anúncio da Verdade; Dom Gil, da firmeza e do ombro de Cirineu e das mãos que ajudam a levantar e abençoam a toda hora; Dom Vicente, do olhar além dos limites humanos, para que o amor de Deus seja anunciado e espalhado, em missão, a todas as pessoas que residem na área das sessenta e seis paróquias.

Bendito seja Deus pela vida da Diocese de Jundiaí e como afirmou São João da Cruz (Ch B 1,9): “O amor nunca está ocioso, mas em contínuo movimento, e, como fogo em chamas, está sempre levantando labaredas”.

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REPENSANDO

cris-castilho-vale-estaMARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE

Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de vulnerabilidade social.