Aproxima-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado sempre no dia 5 de junho. É o momento de reflexão, balanço dos prejuízos e das conquistas, das novas perspectivas e para a continuidade da mudança de atitude. Para a proteção do planeta e a continuidade da vida tem surgido várias tecnologias e práticas sustentáveis, entre elas a denominada Economia Circular.
Nosso planeta é a nossa única casa, onde surgiu a vida, de onde obtemos todos os recursos necessários para a continuidade da vida humana, dos animais e de todas as plantas. É dessa casa que todos os seres vivos retiram tudo que precisam para sobreviver: ar, água, alimento, materiais para confecção de roupas, para construção de moradias. Além disso, é do planeta que retiramos uma série de materiais que transformados irão permitir a fabricação de veículos(carros, aeronaves, navios, etc.), bem como para obter o combustível necessário, para construir ruas pavimentadas, pontes, para confecção de produtos tecnológicos, baterias e tudo o mais.
Para obtermos ar, água e alimento, por exemplo, precisamos que o planeta esteja em equilíbrio, com temperaturas adequadas, com respeito ao ciclo de chuvas, entre outros fatores. Por isso é tão importante ter consciência, educar e provocar atitudes concretas de governos e da sociedade em geral.
Não é uma tarefa fácil defender o meio ambiente, ainda mais com tanta degradação (desmatamentos, incêndios, poluição), o que tem gerado o aquecimento global, chuvas ácidas, tempestades, enchentes, inundações e grandes secas.
O ser humano possui capacidade de encontrar formas de uso racional dos recursos naturais, de forma que sejam preservados e para que as futuras gerações desfrutarem da vida com dignidade e com um planeta em equilíbrio.
Alguns passos já vem sendo dados, com legislação ambiental que protege inúmeros recursos ambientais, que estabelece o licenciamento ambiental e fiscalização, para citar alguns.
Outros passos são dados pela ciência e pela iniciativa privada, todos conjugando esforços para maior equilíbrio do planeta e por consequência para assegurar a continuidade da vida como um todo.
Em texto anterior denominado Sustentabilidade: O que são ESG e ODS? abordei o respeito de padrões e boas práticas de responsabilidade ambiental, social e boa gestão voltadas à defesa do meio ambiente para um desenvolvimento sustentável.
Em complemento, antecipando as reflexões do Dia Mundial do Meio Ambiente, podemos dizer que a Economia Circular é uma tendência para melhorar a proteção do meio ambiente.
A Economia Circular nasceu da observação da própria natureza, onde tudo, plantas e animais, retornam ao ciclo natural sem gerar poluição, permitindo a continuidade dos ciclos e da vida. Por exemplo, restos de folhas e plantas se decompõe e viram matéria e alimento para outras plantas.
Baseado nisso, se produzimos lixo e contaminantes que geram dano ao meio ambiente, devemos encontrar soluções para que os produtos possam ser decompostos ou reaproveitados, de forma a diminuir os impactos ao meio ambiente. Como exemplo, já temos ações de tratamento adequado do lixo, compostagem, reciclagem e de logística reversa, onde inúmeros produtos como plásticos, papelão, metais, etc., são reaproveitados no ciclo de produção dos mesmos ou outros produtos. Na logística reversa as empresas que produzem e vendem determinados produtos, principalmente os mais perigosos, como baterias, pneus e outros, devem ter ações concretas para recolher os produtos após seu uso, dando a eles destino e utilização adequadas.
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Com a Economia Circular aumentam as possibilidades desde a fabricação dos produtos até sua destinação final e reutilização dentro do ciclo de produção, reduzindo os impactos presentes e futuros sobre o meio ambiente. Se uma garrafa de refrigerante, por exemplo, como já existe, puder além de ser reciclada, ser reaproveitada várias vezes, reduz-se o uso de inúmeros recursos naturais, diminuindo também a poluição. Isso é mais ou menos o que já acontece com latinhas de alumínio. Convém lembrar que para esses casos e inúmeros outros, o que era “lixo” passa a ter um valor econômico. Bom para muita gente, principalmente para o meio ambiente.
Há ainda um grande caminho a percorrer e muitas iniciativas a serem implementadas. A inteligência do ser humano é capaz de encontrar formas menos agressivas à sua própria casa (planeta Terra) e, com isso, datas como a que se aproxima são importantes para reflexão, mudança de atitude e colocar em prática muitos conceitos e técnicas já existentes.
Afinal, utilizando a frase de Fábio Pestana Bezerra, “uma empresa não sustentável é insustentável”. Podemos dizer que um povo não sustentável é insustentável pelo planeta. (Foto: Recicla Latas/Divulgação/Agência Brasil)
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CLAUDEMIR BATTAGLINI
Promotor de Justiça (inativo), Especialista em Direito Ambiental, Professor Universitário, Consultor Ambiental e Advogado. E-mail: battaglini.c7@gmail.com
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