FOGO na mata, mata…

fogo

Nossa região possui uma riqueza natural, como podemos constatar e usufruir, mas os meses de outono e inverno são tradicionalmente mais secos, revelando os perigos da época de estiagem, o que exige reforçar o alerta: fogo na mata, mata.

Muitos dirão que o fogo pode acontecer espontaneamente e por diversos fatores. Entretanto, a maioria dos incêndios são causados direta ou indiretamente pela ação humana, trazendo inúmeros prejuízos ambientais, climáticos e econômicos.

Lixo descartado irregularmente, bitucas de cigarros, limpeza de terreno ou pasto por meio do fogo, bem como balões e, infelizmente, iniciados propositadamente pela ação humana são as maiores causas de incêndios que atingem matas, florestas, áreas rurais e urbanas.

Com isso muitas espécies de árvores, plantas, lavouras, animais em geral são atingidos prejudicando o equilíbrio dos ecossistemas. A recuperação pode demorar anos e custando de forma irreversível a vida de inúmeros animais e vegetais.

Os incêndios e queimadas, além de ilegais e criminosos, geram danos à saúde das pessoas, principalmente crianças, idosos e com outras comorbidades. Aumentam os atendimentos hospitalares, podendo também levar a óbitos. Podem atingir outras propriedades e casas, interromper o fornecimento de energia elétrica, além da poluição do ar, entre outros problemas.

Na época de estiagem, com menos chuvas, os índices de umidade relativa do ar são menores, aumentando os casos de incêndio e sua duração, prejudicando muito o combate ao fogo e espalhando para outras áreas.

Com tantas ocorrências, o Corpo de  Bombeirosregistra inúmeros casos de queimadas, não conseguindo atender todos os casos ao mesmo tempo.

É fundamental, pois, a divulgação de informações educativas para prevenir essas ocorrências.

Temos órgãos públicos atuando também preventivamente, como é o Caso da Defesa Civil da Prefeitura de Jundiaí que faz um trabalho importante na formação e coordenação de brigadas de incêndio, colaborando com o Corpo de Bombeiros em situações iniciais de incêndio.

Enquanto prestava serviços no Ministério Público, nesta época do ano, eu procurava atuar de forma preventiva, buscando a orientação e integração dos órgãos públicos com atribuições nesses casos, apurando situações de incêndios e queimadas, bem como cobrando medidas preventivas de outros órgãos públicos e concessionárias de serviços públicos (rodovias, ferrovias), envolvendo serviços de limpeza de mato em áreas públicas em geral.

A população em geral também tem um papel importante para que aumente a conscientização de que é proibido atear fogo em mato, matas ou qualquer outro tipo de material, podendo acionar os órgãos públicos para o combate e a investigação dos fatos, que podem levar a responsabilização criminal, civil e administrativa, incluindo imposição de multas e outras penalidades. Quem provoca danos ao meio ambiente ou a outras propriedades, seja ateando fogo, seja soltando balões, entre outras condutas, responde com seu patrimônio por todos os prejuízos causados, além de poder ser preso.

Os incêndios fazem parte da história da humanidade, gerando muita destruição. Isso não deve servir de consolo, mas de estímulo para que possamos mudar esse comportamento e evoluirmos como espécie.

O mundo já possui inúmeros problemas, dentre eles o contínuo aquecimento global. Queimadas contribuem para o aumento desse problema. No futuro todos estaremos sujeitos às suas consequências. Então passou da hora de mudarmos de atitude e tratarmos nosso planeta com mais cuidado e carinho, não só para nossa geração, mas também pelos nossos filhos e futuras gerações.

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Preservar o meio ambiente é vida com qualidade para todos, incluindo proteção das áreas de proteção, das plantas, dos animais, inclusive e principalmente para os seres humanos.

Ilustrando e finalizando, sejamos como o beija-flor do conto do Incêndio na Floresta, que tomou a iniciativa das medidas iniciais para  apagar o fogo que a tudo consumia, voando e voando para buscar água e arremessar nas chamas, enquanto os demais animais assistiam a tudo e achavam que nada poderiam fazer (esse conto em detalhes pode ser encontrado em diferentes sites(clique aqui e veja um deles). Devemos acreditar que juntos podemos fazer um mundo melhor, desde as pequenas até as grandes ações.

CLAUDEMIR BATTAGLINI

Promotor de Justiça (inativo), Especialista em Direito Ambiental, Professor Universitário, Consultor Ambiental e Advogado. E-mail: battaglini.c7@gmail.com

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