ECONOMIA CRIATIVA: Mais de 20 mil atuam em Jundiaí

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No novo mapeamento 2022 da indústria criativa brasileira, Jundiaí conta com mais de 20 mil pessoas atuando em setores criativos. A estimativa é da Locomotiva Produções de Educação e Cultura. Chama-se em geral a economia criativa como atividade que se baseia em criatividade, inovação e propriedade intelectual – como direitos autorais, marcas e patentes – para gerar valor econômico. 

Ela é composta por indústrias criativas como música, cinema, moda, design, publicidade, software, entre outras. É considerada importante para o desenvolvimento econômico pois pode gerar empregos, aumentar a exportação e promover a diversificação econômica.

Jundiaí tem uma economia diversificada incluindo setores industriais, comerciais e agrícolas. Mas, além disso, tem se destacado como um polo de economia criativa com empresas e profissionais ligados a áreas como design, tecnologia e cultura. 

O mapeamento formal, com quase 5 mil profissionais em cargos registrados, foi elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro com dados de todas as cidades brasileiras. 

Na análise da produtora Locomotiva, cada setor mostra que, incluídos os criativos por conta própria, informais ou em atividade extra, o tamanho pode ser mais de quatro vezes maior.

Os números – O mapeamento qualifica as profissões consideradas nessa base de dados. A área de arquitetura, por exemplo, tem 450 profissionais – com 15 arquitetos de edificações, 1 de interiores, 1 de patrimônio e 18 + 1 urbanistas – mais 63 desenhistas projetistas, 9 desenhistas técnicos e 350 engenheiros civis e afins.

As artes cênicas contam 14 profissionais – com 1 apresentador de eventos, 2 coreógrafos, 1 diretor teatral, 2 produtores de teatro e 8 professores de dança.

O audiovisual tem 88 profissionais – com 3 comentaristas de rádio e tevê, 3 diretores de arte, 1 diretor de fotografia, 1 diretor de programação, 7 editores de vídeo, 1 finalizador de vídeo, 24 fotógrafos profissionais, 17 locutores de rádio e TV, 23 montadores de filmes, 2 produtores de rádio, 4 produtores de TV e 2 tecnólogos de produção audiovisual.

A biotecnologia, menos conhecida, tem 86 profissionais – com 9 biólogos, 69 biomédicos, 7 pesquisadores em biologia ambiental e 1 pesquisador em biologia animal.

O design chega a 407 profissionais – com 7 designers de produto, 17 de interiores, 66 designers gráficos e 8 de vitrines – além de 39 projetistas de móveis, 1 decorador de eventos e 16 desenhistas projetistas de eletrônica e 119 de mecânica, mais 30 desenhistas técnicos de artes gráficas, 5 de mobiliário, 6 de embalagens, 15 de mecânica e 78 de geral.

O campo editorial tem 69 profissionais – com 11 assessores de imprensa, 7 jornalistas, 14 editores, 11 editores de mídia eletrônica, 11 editores de texto e imagem, 5 produtores de texto, 9 programadores visuais gráficos e 1 redator de textos técnicos.

As chamadas expressões culturais tem 110 profissionais – sendo 72 chefs de cozinha, 29 chefes de bar, 4 chefes de confeitaria, 3 decoradores de vidro, 1 enólogo e 1 artesão.

A moda contou 27 profissionais registrados – sendo 1 alfaiate, 4 designers de moda, 7 modelistas, 4 artesões de metais, 1 joalheiro, 3 bordadores manuais, 2 perfumistas e 5 artesãos de calçados em couro.

Na música são 103 profissionais – com 1 DJ, 1 cantor, 94 instrumentistas, 2 regentes, 1 musicólogo, 1 projetista de som e 1 sonoplasta. 

O patrimônio tem 24 profissionais – com 1 restaurador, 1 diretor e 13 gerentes de serviços culturais e 9 artistas visuais.

A área de P&D (pesquisa e desenvolvimento) tem o maior número, com 1.431 profissionais – com um arqueólogo, dois geólogos, dois pesquisadores em saúde coletiva, nove pesquisadores em ciências sociais e humanas, 144 gerentes de P&D, 2 pesquisadores de engenharia eletrônica, 2 pesquisadores de engenharia metalúrgica, 17 pesquisadores de engenharia química, 6 pesquisadores de computação – e os demais 1.246 distribuídos nas engenharias de automação, alimentos, elétrica, eletrônica, produção, segurança e de manutenção.

A publicidade e marketing tem 1.177 profissionais – com 9 agenciadores, 569 analistas, 27 diretores de arte, 2 diretores de criação, 8 diretores de marketing, 52 diretores de mídia, 31 gerentes de comunicação, 142 gerentes de marketing, 30 publicitários 22 redatores, 21 relações públicas e 11 visual merchandiser.

E a TIC (tecnologias de informação e comunicação, tem 677 profissionais – com 1 arquiteto de soluções, 1 desenvolvedor de multimídia, 243 gerentes, 311 técnicos de desenvolvimento de sistemas e 56 engenheiros de aplicativos, 1 de manutenção, 1 de telecomunicações, 15 de sistemas – mais 44 programadores de máquinas.

Estimativa – Muitos desses setores estão subestimados na atuação dos criativos por conta própria, informais ou em atividade extra. Por isso podem ser até quatro vezes maior, na análise da Locomotiva. 

Além desse aspecto os setores considerados na versão nacional podem incluir em estudo local temas como os roteiristas de turismo, artistas corporais, consultores e outros – na linha do conceito.

Os investimentos públicos ou privados nesse campo buscam criar um ecossistema favorável e fomentar a geração de emprego e renda, como ocorre em diversos espaços institucionais, associativos e educacionais.

A estimativa da produtora Locomotiva visa contribuir para o debate da comunidade no processo do Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Internacionalização com oficinas iniciadas em janeiro pela Prefeitura de Jundiaí e assessoradas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

O trabalho pode mostrar o lado sustentável dos criativos e inclusive ajustar (ou ampliar) a estimativa de mais de 20 mil criativos em Jundiaí.(Texto: José Arnaldo de Oliveira/Foto: 

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