Uma entrevista concedida em maio último, transformada em post divulgado pelas redes sociais, deixou o vereador Romildo Antônio(PDT) em saia justa. Ao jornalista Samuel de Oliveira, na Rádio Cidade, Romildo declarou total apoio à pré-candidatura de José Antônio Parimoschi(PL). O partido do parlamentar é de centro-esquerda. O PL, de Jair Bolsonaro, é de direita. O PDT participa hoje das discussões para que a oposição tenha candidato único para disputar a Prefeitura de Jundiaí. Em maio já se sabia que Parimoschi, que é gestor de Governo e Finanças da Prefeitura, é o preferido pelo prefeito Luiz Fernando Machado para a sucessão dele. Também já se sabia que Parimoschi deixaria o PSDB e possivelmente acompanharia Machado para o PL, o que acabou acontecendo. No dia 5 de junho, partidos de centro-esquerda se reuniram na sede do PSB para iniciar o projeto da candidatura única que enfrentará Parimoschi. Questionado, o parlamentar minimizou as declarações. “Na entrevista não comentamos nada de fundo partidário. Comentei sim que é válido estar junto de um governo para que a população não seja prejudicada”, informou. Já o presidente do PDT, Gerson Sartori, disse que “a prioridade, enquanto eu estiver à frente do PDT, será a frente única. Quando esta questão for encerrada, cada um terá de definir o que fará: se continuará no PDT sabendo qual é o nosso projeto político ou se irá para o outro lado”.
O post que está circulando tem uma foto de Romildo durante a entrevista e o seguinte texto: “PDT fechado com o PL de Bolsonaro em Jundiaí. Romildo Antônio é mais um vereador a declarar total apoio a José Antônio Parimoschi na corrida pela Prefeitura”. Na entrevista, o vereador é questionado sobre a possibilidade do gestor ser candidato. “Eu só posso falar bem do prefeito. Ele é e sempre foi um grande parceiro. O Luiz Fernando é um grande gestor. E também não posso deixar de falar do Parimoschi. Ele está pronto para ser o sucessor. Está claramente pronto. É um cara que trabalha demais. Ele ouve a gente, sabe onde estão os problemas da cidade. É o candidato que já está pronto. Falta alinhar algumas coisinhas. Tenho certeza de que o Parimoschi é um grande gestor. Vai ser um grande prefeito. Jundiaí é conduzida por ele também. Ele tem o meu total apoio se disputar a sucessão por ser o cara que ele é”.
Questionado pelo Jundiaí Agora, Romildo afirmou que hoje está no PDT, cujo presidente “é um amigo, um parceiro, que abriu as portas e tenho muito a agradecer ao Sartori. Estamos conversando para nos alinharmos pensando no PDT, para termos uma chapa forte para disputar as eleições. Neste momento não estou nem pensando em eleições, na verdade. Não estou pensando em partido. Estou pensando em fazer meu trabalho no PDT junto com o Gerson. Se eu quisesse estar no PL, eu estaria. Já fiz parte do PL, inclusive. Não tenho intenção nenhuma de mudar de partido. Estou junto com o meu presidente. Tudo será discutido com ele e com o partido”.
Sartori reafirmou o objetivo de se criar uma frente única de partidos progressistas para disputar a Prefeitura. “Não existe a mínima possibilidade de o PDT apoiar o PL, enquanto eu for presidente do partido em Jundiaí”, comentou. Sobre uma possível punição a Romildo, Sartori disse que “no momento estou trabalhando para convencer os que ainda têm dúvidas sobre os rumos do partido e o melhor projeto político para a cidade, que é a construção de uma candidatura de esquerda. Não tenho preocupação nenhuma de expulsar ninguém. Vou trabalhar para convencer o Romildo e outros partidos de centro esquerda. Esperamos contar com o vereador apoiando este projeto”, concluiu.
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