Diz o ditado (se é sábio não sei…) que “nunca é tarde para aprender”. E isso se aplica a qualquer coisa, desde uma simples receita culinária até mesmo um novo idioma. Eu acredito nisso, com certeza, afinal, nossa vida é uma escola e o que aprendemos na jornada da existência nos tornam pessoas mais fortes, mais conscientes, mais preparadas para novos desafios e, principalmente, abertas para mais e mais novidades. Com essa disposição, comecei a assistir, de forma online, aulas de francês, (o que justifica o título deste meu artigo). E por que isso agora, com mais de 60 anos? Simples: atualmente me sobra o tempo que me faltava na juventude. A propósito, vous parlez français??? Traduzindo: “você fala francês?”.
Quem estudou na mesma época que eu deve se lembrar de que a grade curricular das escolas brasileiras incluía a língua francesa. Portanto, cheguei a ter alguns anos de ensino de francês e confesso que gostava bastante. Mas, com as inúmeras mudanças no ensino ao longo dos anos, o francês(ou français, como queiram) saiu do currículo e o inglês passou a dominar as aulas, com certa razão. Afinal, a língua inglesa é a mais falada em todo o mundo e hoje já se considera obrigação para as novas gerações serem fluentes neste idioma.
Assim, na minha adolescência, juventude e até mesmo há alguns anos atrás, eu dediquei horas aprendendo inglês, o que me ajudou bastante, sem dúvida. Mas mesmo depois de décadas separada das aulas de francês, ainda me lembro de frases e até musicas nesta língua. Só não me lembro do nome do meu professor.
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No auge da nossa juventude temos tantos planos e obrigações que corremos contra o tempo para fazermos tudo e mais um pouco. É escola, emprego, família, filhos, dívidas, ufa, não sobra muito espaço para mais nada. Mas quando menos percebemos nossos filhos já estão criados, nossas dívidas já foram pagas (pelo menos as maiores…), já estamos aposentados e aí? O que fazer com o tempo? Pra piorar, se não exercitamos o cérebro, nos tornamos vítimas preferenciais do Alzheimer. Então, aprender novas lições, sejam elas do que forem, é uma necessidade daqui pra frente. Como se fosse um tratamento preventivo.
Se eu vou conseguir aprender efetivamente a falar francês só Deus sabe. Mas já sei falar vous parlez français! Meus neurônios (os que sobraram ) vão sair do sedentarismo e ter de encarar um novo desafio. Aliás, dois, já que também comecei a frequentar um curso de corte e costura. Bem, mas esse assunto fica para um próximo artigo.(Foto: Boris Ulzibat/Pexels)
VÂNIA ROSÃO
Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.
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